domingo, 7 de novembro de 2010

seis do onze e mil de pavor.

Até então, tinha certeza absoluta de que não sabia agir nas situações complicadas, mudei de idéia.
Acordar tarde não me agradou, preferia que não fosse final de semana, ainda sim, levantei com um leve bom dia e rosto de satisfação pela noite bem aproveitada. A Av. Paulista, o cheiro de limpo do hospital, o elevador claro e tão bem iluminado quanto o resto do local, o piano tão alto e grave mesmo sozinho, as imagens de Santa Catarina e o pior de tudo, aquele rosto tão familiar com expressão de choro conversando com Nossa Senhora de Fátima, Nada me agradava. Tudo tinha gosto amargo, até o chocolate do café da manhã. Eu não queria que ela estivesse mal, não queria segurar o choro, queria mesmo dizer que eu faria o que fosse preciso no lugar dela, pois só assim eu estaria mais tranquila. Apesar do meu desejo de dizer tudo isso na melhor das intenções, fiquei calada, segurei sua mão e fiz como se estivesse tudo bem, fiz certo.

sábado, 23 de outubro de 2010

Resumo sobre saudade.

Essa angústia antecipada é o menor dos problemas no que passa a ser saudade. Seus sintômas sim, são o grande problema. Todas as palavras começam a ter o som da sua voz chamando o meu nome, a vontade de não sair da cama pra passar o dia inteiro sentindo o cheiro das suas roupas guardadas no meu armário é tão grande que faz até aumentar o sono para que sirva de pretexto. Minhas mãos parecem mais leves, porque falta o peso das suas sobre elas e meu corpo está folgado sem o seu abraço para ajustá-lo. Sua ausência é tão notável como estar doente. É o tipo de coisa que não se esquece. Suadade deve ser doença, pois além disso, quase não durmo também e não sei se é porque lembrando de nós consigo acalmar um pouco mais meu corpo que passou a estar mais inquieto do que nunca ou porque tenho medo de ao parar de olhar para as horas elas parem de caminhar também. Mesmo com tudo isso, aguento firme, quase enlouquecendo, mas aguento firme, no fim, acabei roubando um retrato de um dos seus sorrisos que eu tanto gosto e o deixei pendurado dentro de minhas pálpebras, sempre que fecho os olhos o encontro lá, tenho também o seu cheiro em mim e um calendário pra riscar os dias. Só não demora muito, porque algumas partes de ti, ainda não são você por completo.

domingo, 10 de outubro de 2010

nove.

Porta, pia de cozinha, sofá laranja, sofá azul, tapete, camiseta de banda, camiseta azul, provável motivo de odio mundial não comentado seguido de pausa pra dois. Retrato pra iaiá, como dito anteriormente (não por mim) prévia sobre fechar os olhos, cookies, punição (há), água evaporando (não era pra evaporar tanto) pausa pra dois. Macarrão, alface, suco, mais cookies, pausa pra dois. Choro, duzentos abraços. Poucas linhas, não vou ficar dando voltas pra esconder que isso tudo é felicidade, sem palavras difíceis também, não precisa. Ah, isso não é uma descrição, são só lembretes.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

zero cinco.

Tudo influênciava, ou fluia tornando tudo conhecidência. Era a música que ambos escutam mais de uma vez (ou dez) por dia, naquele disco de guitarras distorcidas, que provocavam risos em algumas partes específicas, não pela melodia é claro. Além da música, o clima, o local, a companhia e o tempo principalmente, favorecia o dia.
Mais incrível de tudo, era lembrar que em meio da rotina atribulada com intervalos de 20 minutos (ou menos) por dia e um tempo extra (se der sorte) há um dia na semana que faz romper esse costume de ter hora de ir pra direita ou pra esquerda, sentar em tal lugar e reclamar da quantidade de pessoas no troleibus, há um dia que te faz ter prazer em lembrar de todos os lamentos semanais e se uso aqui o termo 'lamentos' é realmente para que o drama fique explícito ou pra aumentar a importância do dia da descrição. A verdade é que todos esses rodeios são para informar meus ilustres leitores de que encontrei algo pelo qual vale a pena rodar o mundo apenas para ter a presença de um sorriso verdadeiro por dia e mesmo que alguns problemas não estejam ao meu alcance de resolução, ainda sim estarei aqui, o segurando com toda a força que posso conter para que não exista desistência, pra provar que até mesmo rodar o mundo inteiro as vezes não é o suficiente quando se esquece que no final o que vale mesmo é sorrir a cada trecho acompanhado por guitarras distorcidas e lembranças que transbordam felicidade.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Desde sempre.

Eu não quero mais ouvir político falar de sustentabilidade, saúde, educação, moradia, feitos anteriores, bolsa tudo quanto é coisa, dinheiro em cueca, violência familiar, auxílio pra narcótico. Fazem anos e anos que os mesmos assuntos são abordados, a muitas e muitas gerações. Há um progresso, de fato. Mas é lento, tão lento que talvez em quinze ou vinte gerações, vamos estar quase lá. O 'amplo progresso entre zero e um' já dito pelo Dead Fish, é frustrante de ver, de ouvir e ainda mais de sentir interesse.
Também não quero mais ver o povo reclamando na frente da televisão esperando a novela das nove começar. Recuso-me a escutar críticas sobre a copa do mundo no Brasil, ou os lamentos de programas sensacionalistas.
Somos um mais acomodado que o outro, afinal ninguém vai estar vivo pra ver a mudança, nos contentamos com um milhão de viaturas nas ruas dando enquadro em maconheiro, pra estampar no rosto de quem caminha por perto um sorriso ao sentir uma segurança de faixada. Enquanto são poucos os que lembram ou sabem que enquanto um ou outro usuário perde cinco reais de maconha, a polícia ganha cinco mil indo chantagear os donos da biqueira na favela alí do lado.
Falar da educação também tá um verdadeiro porre. O problema não é o aluno passar ou não sem aprender, o negócio é tentar perceber o porque ele não aprende. Se pensar bem, é melhor mesmo repetir vários alunos, assim eles desanimam de fazer a mesma série mais uma vez e desistem logo de estudar, o tal político fica bem falado e as ruas mais lotadas, mais barraquinhas na feira.
Tá tudo tão as margens que eu não sei mais se me ausento ou se caminho contra um fluxo de falta de educação, atrocidades e uma desigualdade que me faz ter vontade de vomitar. Sou frustrada com muita coisa, mas a pior delas é por ser mais uma pessoa no mundo que só tem o poder de fazer um punhado de reclamações sentada na frente do computador.
Apesar da frustração, seguimos com esperança e não é por haver alguma irônia, acontece que viver com as reclamações, acaba tornando tudo o que está errado muito pior e se existe o sorriso, vou é procurar um motivo pra sorrir e me agarrar com todas as forças ao que eu já tenho, evitando assim que eu me perca nessa alienação doentia.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pode não ser fixo.

Faz umas duas horas que eu estou sentada na frente do computador encarando uma folha de papel em branco como se nela houvesse alguém para me soprar o começo de um depoimento que preciso fazer para a aula de Português. Porque todo mundo sabe, o difícil é o começo.
Eu nunca fui organizada, mas eu sei que de alguma forma, eu dou um jeito sempre. Sou péssima em exatas e definitivamente é muito complicado entender a lógica de uma equação. Queria número em contas, não letras. Ainda não aprendi a fórmula mágica para multiplica-las ou dividi-las, mas eu aprendo. Esqueço nomes, não consigo arrumar a minha cama por mais de três dias, passo semanas sem postar no blog, pois por mais que eu goste, me falta paciência. Aliás, de vez em quando me falta paciência pra tudo, pra escutar, pra tentar entender e pra explicar.
Ainda sim, existe uma coisa da qual nunca me falta tempo e algumas vezes até pego o tempo das outras coisas para fazer planos, eu gosto de planejar, qualquer coisa. Mesmo que não dê certo, sinto que é de extrema importância ter uma referência, por mais que ela não seja fixa ou não tenha fundamento, não deixa de ser um bom começo. Mude quantas vezes for, tenha os defeitos que tiver, mas não deixe de correr atrás do que você considera importante e se por acaso parecer cansativo de vez em quando, descanse, não desista.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sobre quem vaga.

Ela enxerga, mas não tem pra onde olhar, não quer olhar pra nada. Seus olhos vagam tão secos, sem brilho, a claridade deles espanta por nem se quer expressar indiferença. Antes houvesse um odio dos outros como prova de que eles presenciam alguma forma de vida, nem isso. A decepção é interna, aqueles olhos externos são faixada, apenas para compor uma forma humana, a parte que enxerga está virada para dentro, parte dela que me causa mais remorso.
Antes a dificuldade terminasse nos insultos que ela orgulhosamente faz sair dos lábios pálidos enquanto bagunça o cabelo sempre com o mesmo movimento, antes eu continuasse intimidada por um semblante totalitarista e não precisasse descobrir que todos esses detalhes são parte de uma armadura de guerra, daquelas complicadas que só se coloca ou tira com ajuda e no final da batalha. Vestindo ela, sua segurança parece estar intacta, o que é viável só até chegar a hora de dizer: 'Missão cumprida, os tempos de guerra agora são parte do passado!' Embora a guerra já tenha chegado ao fim, a armadura ainda lhe oferece proteção, o que te faz permanecer com ela, não importa se é pesada ou desconfortável, acostumou-se com sua missão de permanecer viva, esquecendo-se de que o propósito de permanecer vivo executar a ação, no caso: viver.
Não vejo vida em seus olhos que vagam, não percebo ódio em seus insultos, menos ainda outros detalhes para a minha descrição, o tempo que passei observando-a foi todo destinado a tentar encontrar um motivo para tanta desilusão, não sei. Que seja mais um dos meus exageros, seria melhor assim.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sobre o sistema

Que a sociedade tende a impor os nossos pensamentos de certo e errado para um tipo de sistema, ou lavagem cerebral (se preferir), não é novidade. Desde que nascemos estamos subordinados a viver em busca de conquistas; vamos dizer melhor, crescemos mesmo sem perceber procurando ser ponto de referência, o tal do 'motivo de orgulho' e nos acostumamos com isso. Um exemplo básico é a existência de 'ídolos' em nossas vidas, palavra que por sinal lembra mídia, mais especificamente a televisão que é um dos maiores problemas de alienação, vulgo informação.
O problema não é a televisão, ou a questão querer ser motivo de orgulho e sim que nos tornamos uma sociedade quadrada: Todos os lados são iguais! Inclusive o desejo de ser chamado de melhor, não importando muito o motivo ou os meios, o que importa mesmo é o conforto que tal título pode trazer.
Essa cobiça por bem-estar social passou a ser tão grande que transformou-se em um paradoxo, pois passamos a fechar os olhos e mais do que isso, aprendemos a conviver com questões que de longe são inaceitáveis, o que ninguém percebe é que fazendo isso, a busca por 'bem-estar' passa a ser em vão.
A acomodação é cada vez pior, são reclamações e visões de atrocidades diárias que não acabam mais e não é mudando de canal que se resolve. A escola virou comércio, os alimentos são lixo e o pior é que absolutamente qualquer forma de protesto vira banal ou motivo de riso! Deve ser esse o problema, damos risada da probreza, do preconceito, fazemos piada dos nossos conceitos e até o amor estão querendo abolir. Viramos comediantes natos para disfarçar o caos que se mostra cada vez mais incontrolável, adotamos uma política de buteco só para não deixar o cargo vazio. E os jovens então? Acredito que se nos chamarem de babacas ainda é elogio considerando a forma que somos vistos e que nos mostramos. A solução para os problemas tem sido achar um modo de amenizar, esconder, porque abolir dá muito trabalho e ninguém quer se esforçar muito.
Perceber todos esses problemas não é tão complicado, o que acontece é o esperado: É menos trabalhoso continuar seguindo o fluxo do que tentar andar no sentido contrário do um estilo de vida que nos acostumamos. Não é nada fácil quebrar um sistema de décadas. O que não podemos esquecer é que cada vida é um mundo e o direito de escolha ainda está valendo para todas as pessoas. De vez em quando faz bem ir até o dicionário e ler o significado de possilidades. Não aceitar sempre o que nos é oferecido e procurar o que nos agrada é uma possibilidade, pode não ser a mais viável, mas é o melhor começo para fugir desse padrão auto-destrutivo de humanismo atual.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A clockwork Orange.

O básico: A clockwork Orange, popularmente conhecido como 'Laranja Mecânica' é um clássico de 1971 dirigido por Stanley Kubrick, adaptação do romance de Anthony Burgess (1962).
Os detalhes: Tenho para mim que mesmo sem a maioria dos recursos que temos atualmente, não haverá filme mais fantástico em cada detalhe. Um cenário de deixar qualquer pessoa tonta com tantas luzes, cores, objetos abstratos e exagerados. Uma trilha sonora sublime que conta com Henry Purcell proporcionando um pavor a cada momento de tensão da história e 'singin in the rain' tornando cômica a cena mais cruel do filme. Não entrarei em detalhes sobre o elenco porque sinceramente é impossível prestar atenção em qualquer outra atuação quando temos em vista Malcon McDowell e o seu personagem anti-heroi Alex DeLarge.
A trama: Trata-se de um jovem muito educado fã de música clássica e praticante do que chama de ultraviolência. É lider de uma gang que posteriormente o trai em um dos assaltos que eles praticavam frequentemente, o que causa a prisão de Alex, que é agravada pela morte da vítima do assalto devido a violência. Conclusão: Alex é um assassino!
A prisão de Alex ocorre paralelo a um projeto; o tratamento Ludovico, que é um tipo de terapia que foi criada pelo governo na tentativa de acabar com a criminalidade. Como o tratamento estava em teste, precisaria de voluntários, então Alex sabendo que o tratamento o faria sair depressa da prisão, decide ser voluntário.
Passando o tratamento que o deixa sem capacidade de defender-se, devido a um tipo de lavagem cerebral por conta das drogas e dos filmes exibidos durante os 15 dias de terapia, Alex volta para casa, onde descobre que os seus pais passaram a viver como se ele nunca houvesse existido. Sem lugar para morar, ele começa a andar desnorteado, o que resulta no encontro dele com algumas de suas vítimas que certamente, não o tratam de forma receptiva.
Daqui pra frente, não vale a pena contar os detalhes, porque resultaria no final do filme e não tem a menor graça saber o final da história antes de assisti-la.
A conclusão: O que diferencia a Laranja Mecânica, é como ele mostra de forma explícita o interesse de todas as pessoas em olhar a situação seja ela qual for, apenas para o seu próprio benefício. Isso fica claro no tratamento proposto pelo governo que deixa as pessoas incapazes de agir até mesmo para sua própria defesa e nas atitudes das pessoas ao encontrarem o Alex, lembrando também da falta de estrutura familiar que é mostrada desde o começo do filme. É uma história de quse cinco décadas que não foge nem um pouco da realidade em que vivemos. Os problemas sociais são tratados exatamente com a mesma banalidade e os crimes cometidos por Alex parecem pequenos perto do que assistimos diariamente.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

As quatro palavras.

Encosto a cabeça no travesseiro, é quando começo a compartilhar meus segredos com ele, na esperança de não obter resposta, fico frustrada. Por mim, eles permaneceriam só com o travesseiro mesmo, acontece que todas as noites é como se houvesse uma voz dentro dele que me diz o tempo inteiro que todas aquelas coisas não podem ficar por isso mesmo. Bom tempo depois, finalmente sou vencida por vozes que insistem susurrar em meus ouvidos, uma pressa toma conta de mim, nessas horas já perdi o sono e percebo-me possuida por um anseio que só faz aumentar, o telefone não adianta porque as palavras são limitadas e isso é SUFOCANTE, as cartas não são mais do que um oitavo de repetições necessárias, mas não para aquele momento. Precisaria te-lo ao lado, para observa-lo rindo, para ter os abraços, os sorrisos e aqueles outros gestos que eu não consigo explicar. Confesso que essas reações são tão DESESPERADORAS que dão a impressão de que os segundos passam carregando pedras gigantes. Mesmo as noites demorando pra passar, uma caracteristica delas é eu estar sorrindo o tempo inteiro, de lembrar como é SUBLIME um beijo te deixar sem conseguir respirar e um sorriso traduzir o que lingua nenhuma diz. Enquanto escuto esses susurros noturnos e espero pegar no sono, fico achando um pouco injusto toda essa EUFORIA ser tão inexplicavel. Acontece que no fundo eu sei que desejo não ter essa explicação por todos os dias da minha vida, sendo essa a minha forma de medir o quanto vale a pena.

domingo, 20 de junho de 2010

Ajuda.

A cama não é tão pequena assim, mas parece não satisfazer o corpo de tanto que me reviro todas as noites. Da mesma forma que o quarto não está gelado, mas eu puxo os cobetores até o nariz, como se o frio fosse absurdo e não adianta fechar as janelas, não paro de puxa-los enquanto aumento a música para abafar as vozes. Pois bem, não há voz, não há ninguém, não é a falta de espaço e não sinto frio. O problema é a impaciência, não consigo formar as frases dentro da minha cabeça, por mais que eu pense, que eu sinta e que eu saiba, o que quero dizer não sai. As lembranças surgem e toda as reações que o meu corpo tem, tanto por dentro como por fora, simplesmente não permitem que eu diga qualquer coisa, minha voz falha. São frações de segundos pra tudo isso acontecer, ansiedade, felicidade, agitação e um anseio infinito e vão de dizer o que não existe explicação. Essa incapacidade é tão frustrante, embora seja impossível não dar risada sabendo que ela existe.
Amor não descreve, talvez chegue aos pés. Ajuda, ajuda.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

um, dois, os dois.

Não sei, pode acontecer de eu não ser o que você espera, ou esperou, até porque eu também não esperava encontrar-me com os olhos cheios de lágrimas pra te dizer algumas coisas, não esperava ve-lo roubando sorrisos de mim e ficar sem reação, não planejei perder todas as minhas respostas e mostrar-me sem armas. Digo armas por ter a impressão de estar em cobate algumas vezes e não saber como reagir, fui rendida logo na primeira tentativa de defesa, larguei as armas por não ver perigo algum, eis que agora vejo que tomou conta dos meus sonhos, dos meus sorrisos e de todas as coisas boas que me mantém aprisionada. Eu posso não ser o que você imaginou, mas realmente ninguém escolhe com o que sonhar quando encosta a cabeça no travesseiro e que atire a primeira pedra quem não gosta de sonhar aqui. Só posso dizer que você é bem mais do que eu esperava, porque sinceramente nunca fui utopica a ponto de pensar que se eu encontrasse alguém exatamente igual a você em um sonho, esse alguém pudesse mesmo existir. Que sorte que a gente se engana e mesmo que eu não baste pra você, que baste o amor, porque ele é a coisa mais preciosa que eu tenho e sem pensar duas vezes, ofereço sorrindo únicamente pra ti.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Los hermanos-Fingi na hora rir.

Pois eu, eu só penso em você, já não sei mais porque em ti eu consigo encontrar um caminho, um motivo, um lugar pra eu poder repousar meu amor.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pra que resto do mundo?

Com o ouvido encostado em seu peito e olhos fechados, pude sentir seu coração batendo um pouco mais acelerado do que e o normal. Eu dizia algumas coisas, nada que houvesse muita importancia, na verdade faço isso de vez em quando para não deixar transparecer o quanto desejo congelar alguns momentos dos quais os meus motivos para considera-los únicos, são inteiramente meus. Realmente, isso é constante. Mas sentir-me como hoje no momento em que ouvi um outro coração bater, não é tão constante assim, deve ter sido por perceber que o meu coração não é o único que acelera todos os dias só de olhar pra alguém. Nada que eu não soubesse que realmente acontece, só que entre o saber e o sentir existe uma lacuna enorme, que acaba sendo suprida com esses detalhes que eu faço questão de eternizar. O que é o resto do mundo, comparado as minhas manhãs?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A mais cinco letras II

É pessoal. Creio ter desistido de encontrar algum tipo de definição. Nada que esteja pixado em alguma parede, ou exposto em sites de relacionamento, por mais que tudo isso seja abstrato, todos os dizeres não passam de tentativas frustradas para encontrar semelhança ou paz em externar o que não aguenta mais ficar guardado. Descobri que nem o teu sentir encaixa-se no meu, é bem complexo por vir de dentro de cada um de nós e de todas as formas que cada segundo passa a ser interpretado em nossas cabeças cheias de ambiguidade. Mas nota-se de longe que tu enxergas as minhas atitudes de maneiras tão receptivas, quanto eu tento mostrar-lhe a minha gratidão a cada gesto que tu externa mostrando-se nitidamente satisfeito. É exatamente essa toda nitidez que me faz ter certeza de que nascemos pra dar certo. Entre tantas outras percepções de interesse, insegurança ou atitudes plenamente vazias, tu consegues perceber em mim toda a sensibilidade que procuro demonstrar, tu consegues ver limpo, ver atráves das roupas, maquiagens, pele e barreiras que o ser humano tende a impor se quiseres de verdade ver o que há por dentro. Definindo agora toda essa sensibilidade anteriormente citada. Refiro-me a uma necessidade grande de te-lo, como já lhe disse certa vez: 'por desejar não estar com mais ninguém' sem que para isso haja algum tipo de repressão, até porque, quero ve-lo sorrindo. É certo de que sempre costumo agir de forma bastante insegura, mas se repito várias vezes a mesma coisa é porque não quero que esqueças o bem que me proporciona, é coisa sua, é de você e nenhuma outra pessoa no mundo possui todos os seus pequenos gestos e manias de forma tão harmoniosa para que consiga fazer de mim proprietaria absoluta de lembranças que servem como antidoto para absolutamente qualquer mal. Nota-se que meu rosto inteiro sorri com toda a confiança do mundo, mesmo quando não o tenho por perto, afinal, são essas pequenas aflições ou saudades se preferir que nos fazem sustentar a cada dia que passa toda essa certeza de que realmente nos encontramos pra dar certo. Nada prova ao contrário, longe dissso! Todos os dias vejo entre esses pequenos intervalos mais uma evidência de que não estamos errados. Voltando a insegurança para concluir o raciocínio, na verdade tudo não passa daquele medo bobo de dizer "eu te amo", por saber muito bem que hoje dizer isso já não significa muita coisa, por isso algumas vezes permanecemos em silêncio, existem momentos em que até a mais sincera de todas as frases do mundo faz perder um momento que poderia ser eternizado por toda a eloquencia que acompanha a falta de palavras. De qualquer forma, eu sei que o nosso "eu te amo" tem um valor sem igual.
Ps: O fato do meu rosto inteiro sorrir é um impulso que o meu coração envia para todas as partes do meu corpo, para que ele de alguma forma tente traduzir que eu estou completamente feliz por ve-lo tranquilo ao lado meu.

sábado, 22 de maio de 2010

Pontuação.

'É muito forte'
Tome o dia de hoje como ponto central. Se a frase acima fosse dita três meses atrás ela ganharia um 'O' e uma interrogação, tornando-se: "O que é muito forte?" Um mês após esses três meses, ou seja, dois meses atrás, já sei ao que me refiro, acontece que o tempo é pouco fazendo com que pareça impossível ter alguma certeza, resolvi então fazer mais uma modificação na frase, deixando-a de tal maneira: "Será que é mesmo muito forte?" A interrogação permanecia, mas por pouco tempo. Antes de completar um mês desde a minha última interrogação pude afirmar: 'É realmente bem forte.' Portanto, agora voltaremos ao ponto central, hoje digo com toda a clareza. "É cada dia mais forte." podendo ainda acrescentar que é o motivo pelo qual sinto-me realmente feliz, por ser tão forte o meu gostar de você. E você sabe que esse gostar também vem entre aspas, pois gostar é quase nada perto do que eu sinto e esse texto vem como aleatório comparado a tudo o que eu já te disse.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

How are you now?

Não inventaram, não houve ninguém que teve condições de abrir a boca e fazer sair alguma palavra que bastasse. Não é um sentimento constante, ele cresce como se fosse uma bola de neve, juntando todos os detalhes, fazendo com que tudo pareça a melhor coisa do mundo e inutilizando qualquer uma de suas atitudes. Então você sente suas cordas vocais tremendo, como se hesitasse em dizer algo, não existe nada que a impeça de falar, a não ser que você leve em consideração de que nada que possa ser dito, nem a mais fiel de todas as descrições fará o seu ouvinte perder todos os pensamentos anteriores e desejar como nunca imaginou desejar nada no mundo ter o controle daquilo que parece tão raro sentir, é o tipo de coisa que precisa ser proporcionada e não é por meio de palavras, nada que possamos escolher, pra variar.

sábado, 8 de maio de 2010

(Rebeca) Menos um.

Conseguia-se ouvir do apartamento, uma risada descontrolada, mas já era tarde e ninguém prestaria atenção nisso, considerando ser sexta-feira a noite e as pessoas costumam beber nesse horário, ainda mais quando a risada vem do apartamento que foi alugado por uma jovem atriz que mora sozinha. Ela sabia muito bem de todos esses fatos, tanto que o horário foi friamente planejado, apenas um dos detalhes que faziam parte do plano que não deu certo.
Na manhã anterior, abriu os olhos e um tempo depois a geladeira, quando o seu telefone toca. Podia ser uma ligação agradável a uns tempos atrás, agora já não fazia muita diferença, mas sem problemas, nada que houvesse muita importância e assim, seu dia continuava normal até que no final do dia o mesmo número de quando abriu a geladeira, teima em aparecer mais uma vez no visor, trazendo um sufoco enorme e várias perguntas das quais ela sabia muito bem que não devia resposta alguma para ninguém, mesmo assim, disse as 22:00h no SeisClub.
Foi pra casa correndo, lavou o rosto na tentativa frustrante de deixar escorrer a raiva junto com a água, pegou um vestido no guarda-roupa e um sorriso no espelho, desceu as escadas correndo na esperança de não chegar tão atrasada. No caminho ela pensava e sorria sozinha, repetiu mais algumas vezes que não sabia lidar com esse tipo de coisa e que não seria culpa dela se alguém caisse da escada naquela madrugada. Ela sabia muito bem que nenhuma pessoa no mundo desconfiaria de um olhar que não muda e de um sorriso que não aparece mais(não em publico), só que o caminho já estava acabando e não era mais hora de pensar nisso, nem hora, nem chance, seus pensamentos foram embora surpreendidos por um abraço inesperado de quem a esperava a vinte e cinco minutos mais o menos.
Não falou muito até propor um lugar mais tranquilo, afinal, não há como levar a serio uma conversa que tem como cenário o lugar mais movimentado de uma das cidades mais incríveis do mundo, como ela costumava descrever, seguiram então para o apartamento. Na volta o que predomiva não era o mesmo pensamento da ida, mas sim como ele fora embora tão depressa.
Afinal, ela gostava mesmo de todo esse efusismo, nada que ela não se acostume com o tempo. Sobre o riso descontrolado que foi citado no começo, foi só a tentativa de uma fuga logo após ouvir falar de amor, nada que tenha dado certo, o que ela sentia era recíproco e até o fim da noite ela não escapou de retribuir.

sábado, 24 de abril de 2010

Beeshop music

'Come with me until we end up tired or leave me alone.' Não sei explicar, mas o meu ponto fraco pode ser uma dor que não é minha? E mais, ela é cantada diariamente por milhares de pessoas, por mais que eu imagine que provavelmente se sentem da mesma forma, eu sei que esse sentir todo, é só meu. São alguns tons bem altos com piano ao fundo e tudo o que eu poderia ter dito e feito, é a voz mais doce do mundo com alternações de guitarras e todas as palavras que eu nunca conseguir achar pra descrever o que parecia impossível de se repetir com qualquer outra pessoa no mundo, minha opinião mudou há algumas anos atrás, logo depois de escutar 'cause if i am your wolverine then you're supposed to be jean grey but sorry, honey... phoenixes don't die!'
São as frases mais bonitas que eu já escutei e um pensamento: Por que eu não escrevi isso antes?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Falta base.

É um perigo ficar sozinha em casa por mais de dez horas, um deles é o que mora dentro de você, ou o que você abriga dentro da sua mente, é um perigo o livro que você escolhe ler, a hora que você decide ligar a televisão, parece que tudo vira um pesadelo, que tudo irrita, quando não se tem o que fazer, a lógica é reparar no que é conhecido, ou seja... Todo detalhe vira irritação, você surta, enlouquece e começa a ter as neuras mais bizarras do mundo.
Últimamente tenho sofrido essas alterações frequentes de humor, apesar de me fazer chorar de rir sozinha (re)vendo minhas atitudes paranóicas, facínoras ou seja lá o que for, a maioria do tempo é bem desgastante, transformar uma alteração na voz da pessoa que está no outro lado da linha em 'final da sua vida' achar defeito em quem não existe, esperar loucamente por nada (liternalmente nada), chorar de saudade de alguma coisa que você nem tem noção do que significa, gritar com quem não merece e ter acessos de sindrome do Pânico dentro da própria casa, enfim um festival de fudência, pra não dizer que é fim de carreira mesmo. Esse é o básico da minha falta estrutural, agradeça por até aqui ser tudo tranquilo, complico o meu dia com os gritos dentro de casa por ver um vulto que na verdade é a minha sombra, talvez isso não seja tão ruim quanto as minhas tentativas de achar um talento para o tempo vago, que na verdade não é nada mais do que a hora de fazer os trabalhos escolares sendo adiada.
Tudo isso é culpa da falsa falta de atenção que eu coloquei aqui para combinar com o grande espaço de tempo vago que eu tenho na semana, juntando com um pouco de sono e a minha alienação de livre e espontânea vontade, forma-se uma neurose que só não aumenta por conta de três fatores básicos: a minha distância de livros de auto-ajuda, um magrelo que me faz sentir a pessoa mais incrível do mundo e um fiel video-game que faz do tempinho que as loucuras me deixam em paz a melhor parte da tarde.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

é a décima letra,

e não digo o resto.
É uma menina com os cabelos claros embaixo, uma alma tão boa e um santo tão forte que me deixou apaixonada, só de observa-lá a alguns metros de distância, vejo como disperdiço tempo as vezes, só olhando de longe, sem um abraço e sem dizer o que eu só disse hoje. Sorte que agora eu sei, que é daqui pra muito tempo.
Menina bonita bordada de flor.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Do contra.

Falar de amor só não é mais comum do que reclamar da vida, de rotular político de filho da puta e do que os assassinatos que eu escuto todos os dias durante o almoço. Eu não quero falar de nada disso, eu gosto de falar de amor e também no que mais eu poderia pensar em falar depois de receber um bom dia e um beijo todas as manhãs? Pra que falar do que me faz mal, se eu só recebo bem todos os dias, é claro que as vezes sinto-me incapaz de continuar escutando algumas coisas, mas a verdade mesmo é que as pessoas falam que o 'eu te amo' virou 'bom dia', não sei...Pra começo de conversa, muita gente por ai não sabe nem a existência dessa frase tão gentil que é o 'bom dia' e pra terminar, o mundo só está do jeito que está por falta de amor, então não venha mais me falar sobre a banalização da frase, comecei a pensar ao contrário, acho que no mundo há quem sinta falta de ouvir falar de amor.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ao som de Ize of the World,

foi o pouco que consegui escrever.
Muitas vezes pareceia que eu queria conquistar o mundo, outras tão raras que mal me lembro qual foi a última vez em que acordei pensando em 'tacar o foda-se' em qualquer problema que teimasse em aparecer, só que isso não importa nada agora, pois acordo todos os dias com uma vontade imensa de conquistar apenas uma pessoa no mundo inteiro, cada vez mais. Embora eu tenha a nítida impressão de que já tenho o que quero, consigo sentir todas as vezes que eu abro os olhos logo de manhã que preciso de um pouco mais, não sentindo-me insatisfeita, de modo algum! A questão é que a minha recompensa por tantas noites sem dormir direito pensando em como posso faze-lo um pouco mais feliz é muito grande, tão grande que eu não consigo achar palavra nenhuma que faça jus, então apelo para atitudes. De fato, não é uma flor, por exemplo, que vai conseseguir externar o que eu sinto, nem uma flor, nem nada no mundo que eu possa conseguir tocar, mas existe o tempo como prova de que tudo o que digo é absolutamente sincero e forte! Deixe que o tempo passe e traga toda a ansiedade em te ver, toda a saudade, todos os sorrisos que eu não consigo parar de exibir, deixe também que venham os números para que você consiga contar por quanto tempo eu vou dizer que te amo, por mais que eu saiba que uma hora você perderá a conta.
"Muitas vezes parecia que eu queria conquistar o mundo." Nesses últimos tempos, sempre que te vejo sorrir por minha causa, sinto que de fato conquistei algo muito grande, não o mundo é claro, pois nele existem muitas coisas horríveis, mas acho que tenho em mãos, toda a felicidade que poderia habitar o planeta Terra, no mínimo.

sábado, 20 de março de 2010

Velório,

Devo estar encerrando uma fase da minha vida nessas últimas semanas, mal comparado é como um velório, vejo tudo passando como em um filme e tenho certeza absoluta de que nunca mais vou ter isso de volta. Assim como todo velório, nesse também há quem diga que foi melhor assim; bom, a pessoa que diz isso no velório sou eu.
Não tenho dúvidas de que parece ser uma comparação muito cruel, morte é uma coisa triste, acontece que a culpa não é minha se há tanto tempo sofro de uma frustração enorme, precisando ouvir várias vezes de que ela é nossa única certeza, sendo ela tão certa assim, nada mais justo do que comparar algo tão certo em minha cabeça quanto a morte, mesmo que isso pareça muito horrível depois de escrito.

domingo, 14 de março de 2010

A mais 5 letras,

É o motivo pelo qual eu acordo cedinho sorrindo, me faz dever uma flor e esquecer de tudo o que poderia me fazer mal, me faz chorar com a possibilidade de partir, transforma final de semana em tortura, em saudade.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Pra provocar.

Você atiça, pra ver até a onde vai o limite do outro sem nem ao menos saber quanto tempo aguenta ser povocada, você sente vontade de acabar logo com aquilo, mas é tão atraente, você não quer dizer, mas está viciando-se cada dia mais e levando-o contigo.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Deixe a luz acesa...

como sinal de que volta.
Não vejo motivos para me privar de dizer tudo o que eu sinto pra quem me faz bem. É mesmo bem chato ouvir eu te amo por ai de quem só está por perto. Não é a proximidade que faz o amor, tantas vezes é quem está longe que te faz feliz, quem chegou a menos de um mês, quem te fez sorrir e mostrar isso ao mundo de maneira tão intensa que mesmo quando se esta de olhos fechados pode sentir que não é como antes. Tempo desgasta e amor tem validade, é frágil.
É raro encontrar um Príncipe perdido por ai, mais raro ainda se esse não te priva de ouvir o que há de melhor "pequena você me faz bem" mais gostoso ainda se você pode retribuir com os olhos brilhando e o coração batendo tão forte que você chega a duvidar que ele ainda bombeia sangue, quando na verdade mais parece que ele só vive em função de ouvir cinco palavras mais uma vez, ou uma eternidade de vezes.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Se quer ir...

Você chora e nem sabe se é porque recebeu uma notícia ruim, ou por agora ter certeza do que nunca foi segredo pra ninguém. Percebe-se gritando sem se controlar, mas o que houve com os últimos cinco minutos que pareciam de paz? Só pelo fato de ter certeza que de tanto andar em círculos, não consegue mais seguir em frente por olhar pro lado agora e ter certeza de que não tem ninguém do ai pra segurar você, afinal quando se andar em frente não se fica tonta, não há porque alguém te segurar e você mesmo com essa certeza, ainda precisa de alguém do seu lado pra se caso você sinta que vai cair.
Não dá pra confiar em um cinto de segurança, uma hora a batida pode ser mais forte do que um pedaço de pano aparentemente resistente. Se quer ir, aceite os riscos, afinal nem todo mundo quer ir na mesma direção.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pack your bags.

Adoro falar de atitudes imperdoaveis, impulsivas e momentaneas, nunca tomo nenhuma delas! Problema de pensar primeiro na possibilidade de voltar atrás. Estou sempre voltando, mudando de opinião e até hoje não tive nem ao menos um relance de certeza de que isso é o melhor pra mim.Várias vezes jurei largar tudo e nunca fiz as malas com medo de voltar atrás.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pequenos pedaços

Já teve a impressão que passaria o dia sem fazer nada só para ter o prazer de ouvir o dia de outra pessoa? Senti isso tantas vezes! Mas... se você não faz nada o dia inteiro o que vai ter pra contar se alguém quiser saber o seu dia? O dia da outra pessoa?
Foi ai que percebi, não podemos viver de uma outra vida, pois uma hora alguém vai querer levar um pedaço de você e não teremos nada pra oferecer, isso nos afasta do mundo e dos prazeres que ele pode nos proporcionar. Ao invez de carregar uma vida alheia nas costas, carregue um pedacinho de cada vida que passa por você na lembrança, é bem mais produtivo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Pra confirmar.

Juras de amor só valem enquanto o céu está limpo, mas mesmo quando o dia amanhece maravilhoso o tempo pode ficar nublado e anunciar uma grande tempestade. Nessas horas ninguém sabe a onde colocou o guarda-chuva depois que a última tempestade acabou, somos tão tolos por não saber o que fazer em situações das quais já fomos submetidos a passar.
Duas coisas nos perturbam, o medo de repetir o erro e receio de arriscar fazer as coisas diferentes. Particularmente tenho medo de tudo o que é novo, mas por algum motivo ainda acredito que vale mais a pena do que andar em circulos, geralmente não é muito produtivo e como ouvi em uma tarde maravilhosa deitada de olhos fechados em um dos sofás que encontrei ao longo do ano passado: "só o que está morto não muda!"
Até então, sinto cada batida do meu coração, respiro sem dificuldade alguma e depois dos dez minutos anteriores a esse post, tenho plena certeza de que sinto dor é um bom sinal de que ainda estou viva e lucida!

Sobre discuções.

Cada um tem um jeito de agir, eu só não sei porque duas pessoas com jeitos completamente diferentes insistem em ficar juntas, nunca dá certo pra um lado e esse parece ser sempre o meu. Insisto em resolver as coisas conversando, prefiro discutir os problemas de agora e não encontro razão pra jogar nada na cara de ninguém. Isso Prosta! É horrível precisar ouvir em todas as discuções erros de dois anos atrás, dúvidas eternas! Assuma seu erro, não vá pra cima da outra pessoa com a mesma arma na mão, pois uma hora de tanto levar tiro da mesma arma a pessoa resolve comprar um colete a prova de balas e ele pode ser tão resistente que a bala acaba voltando para quem atira.

domingo, 31 de janeiro de 2010

RANCORE LIBERTA.

Amanheceu. Abri os olhos me sentindo a pessoa mais corajosa desse mundo, sai cedo, voltei pra casa, comi como se fosse pra guerra, me vesti como se estivesse colocando uma farda, mas hoje não tem briga, muito pelo contrário! Estou indo me LIBERTAR. Acho interessante isso de ir ouvir uma música e sentir que você pode melhorar as coisas. É isso o que me encanta nas pessoas, não só a fé que elas tem, mas isso de conseguir transmitir e de fazer o outro se sentir da mesma forma. Isso é digno!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

tempo ao tempo.

De um modo geral, consegui entender quando eu vejo o quanto preciso amadurecer ainda.
Sempre que tenho plena certeza de que é certo o que estou fazendo, aparece um outro ponto de vista, seja por meio de uma pessoa que eu tenho grande apreço e respeito ou por um desconhecido que nem se quer desejava causar tamanha indecisão dentro de mim. Ruim não é perceber que posso estar completamente errada, mas perceber que algumas de minhas únicas certezas podem não possuir tanta exatidão assim, é exatamente nesse ponto que o medo me sufoca lentamente fazendo com que minhas nítidas forças comecem a embaçar, quero alguém do meu lado todas as noites, me olhando até eu dormir pra garantir que nenhum mostro possa me perturbar.