sábado, 28 de janeiro de 2012

Entendi a questão de falar tanto da falta de sono. Você descobre que não está bem, quando encosta o corpo na calmaria do colchão e ele parece ser uma cama elástica de tanta bagunça que seu corpo faz nele. O sono é o maior de todos os sinais de estado de espírito. Se está bem, dorme bem. Ninguém perde o sono por causa de sorrisos, talvez pela saudade deles, mas por um sorriso em si não. Pelo contrário, dorme mais rápido pra tentar encontrar um desses em sonhos. Falta de sono é cabeça cheia, é preocupação, é não saber o que quer, ou querer demais.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Devaneio N°1

No fim, é como se tudo fosse um pano limpo por cima da bagunça que existe dentro dela. A música que ela acompanha com leves sussurros de uma parte ou de outra passa por despercebido em teus lábios. Ela têm lido toneladas de livros, um atrás do outro, pra simular ocupação. Dorme tarde e acorda cedo, como se no decorrer do dia fosse fazer algo de muito importante. E no fundo faz; mas guarda pra sí. Não entende como foi deixar tudo tão inquieto lá dentro. São vozes graves, resto de pesadelo, madrugada bonita, espera por ligação, olhos escuros e claros, cabelos e gestos, uma mistura de tudo e todos, mistura do que não deveria nem estar perto, do que deveria ser pessoal e virou público. Loucura!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O fazer virar flor.

Leviano é quem diz que nem tudo são flores. Até mesmo a mais linda das rosas murcha, ou o mais encantador dos cravos não deixa de nascer amarrotado e assim permanece até o fim, nem toda tulipa fica nem um lindo e perfumado jardim, nem todo jardim é limpo. Há defeito em tudo e talvez a falta do encanto nesses últimos tempos tem deixado o feio e incômodo mais aparente. Pensando melhor, percebo que não é a falta de encanto e sim mais um dos grandes problemas do errante, a falta de atenção, de percepção. O desajeitado tem sua graça, o estranho é excêntrico, o exagerado peca no excesso, mas ao menos tenta. Só o que perde o charme nesse mundo é o vazio. Antes ter milhões de erros aparentes do que não ter nada. Se olharmos com calma, o cru, tem sua beleza, desde que exista. Se olharmos com calma e atenção, tudo vira flor.