segunda-feira, 23 de abril de 2012

Canalha.

Sábios os que escutam aqueles chamados de lunáticos. Pois já dizia o esquisitão do Zeca Baleiro que 'solidão não cura com aspirina.' A solidão é culpa do amor. Quem o conhece uma vez, até o resto da vida, há de se sentir só. Vez ou outra, por mimo, por birra, quase nunca, por algum motivo serio, que seja! Não importa muito o motivo quando se sente, confirmado mesmo é que o amor é uma doença e solidão é um daqueles primeiros sintomas. 
O pior disso tudo, é que de tão canalha que os sentimentos conseguem ser, de algum modo, te fazem elaborar as mais sofisticadas e esfarrapadas desculpas pra solidão. Se for uma manhã de Sol, nos sentimos sozinhos pela pura vontade de compartilhar o momento. Na noite gelada é por ela ser vazia demais pra estar sozinho. Seja no tempo bom o ruim, a solidão sempre nos vem como insatisfação pessoal, doença eterna, hereditária, mal do século, da sociedade, ópio do mundo. Desculpa pra preguiça, impaciência e covardia, sempre jogam tudo pra solidão ou melhor, pra cima da falta de amor.
Solidão não cura com aspirina, não mesmo. Mas ao menos a aspirina está ai, pra curar a dor de cabeça e os estragos do amor e dos teus sintomas.