quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Doce, horrível e passado

Acordei! Levantei correndo e levei um susto! E foi daqueles grandes!
Nossa, quantas exclamações...merecidas, pois assim tão depressa me vejo louca pra voltar justo nos dias que eu mais quero esquecer!
Por mais complicado que pareça, eu era feliz, eu tinha tudo perto, tudo bom, o que eu queria estava lá, até mesmo o meu tormento o meu pavor, claro que algumas coisas eu desejo que nunca se repitam, só que hoje me vi na Augusta acordando um antigo amigo na frente do Outs, de fitinha rosa no cabelo e me isolando de qualquer outra pessoa a não ser as de sempre!
Da saudade de tudo o que eu não quero que volte, da saudade de tudo o que não vai se repetir, de tudo não...só o que era bom.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Alice.

Alice conheceu Rebeca na companhia de teatro, há muitas primaveras atrás, quando Rebeca ainda sonhava em ser a Branca de neve(já perdi a conta de quantas vezes ela já fez esse papel), cresceram juntas, diviram apartamento e até hoje fazem brigadeiro e passam noites sem dormir, falando de tudo e todos em um daqueles momentos em que não importa o quão grande for a besteira que você fale, ou se a sua cara está completamente borrada de maquiagem, ainda sim você sente que pode fazer tudo!
Há quem diga que existe alguma coisa a mais do que uma linda amizade de duas amigas que passaram mais da metade de suas vidas juntas...talvez haja mesmo! Mas nada que convém dizer, nem aqui, nem em lugar nenhum. Importante mesmo é que apesar de todas as tuas besteiras, a Alice é o porto seguro da Rebeca, ela é linda, agitada, animada, centrada(isso não a torna menos vingativa ou perigosa do que ninguém) e um tanto misteriosa. É bem menos chorona do que a Rebeca e menos insistente também o que faz dela prática e segura das coisas, ela dança de manhã e faz o melhor capuccino que alguém pode imaginar, adora balada e um tom de irônia que não se distancia dela nem por um minuto.
Digo apenas mais uma coisa para os ilustres desconhecidos, guardem esse nome, pois aqui ele irá aparecer muitas e muitas vezes.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mais uma da Rebeca.

Já dava pra ver o Sol ao olhar pela janela, coisa que a Rebeca mais gostava de fazer. Ela sempre aparecia na janela pela manhã, gostava do vento e de ver as árvores se balançando. Ao lado dela, uma cama e nessa cama, o seu mais novo amigo, um músico que conheceu a alguns dias atrás, perto da rua doze.
Ele estava sentado tocando alguma coisa triste, quando Rebeca senta por perto e se encanta deixa algumas moedas perto e vai embora, bagunçando o cabelo como quando finge não ligar. Ao fundo escuta uma voz, que diz que amanhã estará lá, no mesmo lugar. Ela só olha e sorri, sempre vai embora sem dizer o nome, ela quase nunca diz.
A essa hora, ela deve estar no quarto da Alice. As duas deitadas no chão, contando as mais incríveis histórias dos últimos dias.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Primeira carta de Rebeca.

Espero que perca o controle dos teus movimentos, que a sua voz estremeça ao lembrar de mim e que a sua garganta feche ao citar os últimos dias. O pouco que eu consegui dizer, não libera um oitavo da tristeza que eu senti nesses últimos três dias. Fora o descaso que me perturba constantemente. Nem Alice ou todos os outros livros que eu possa engolir o mais depressa possível faz passar a vontade de saber no que mais eu sou enganada.
Beijos da sua querida Dama Trouxa.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Consequência.

Enquanto o vento e algumas gotas de água passavam pela janela da sala um outro dia, lembrei de várias coisas que me fizeram chegar a conclusões que pretendo guardar comigo, até uma explicação mais convincente passar pela minha cabeça de forma tão intensa que não haja espaço para mais de uma tese.

Há um tempo atrás, prometi não fazer mais planos desde que os meus começaram a dar errado, mas com novas possibilidades em minha frente, foi inevitável deixar a promessa de lado, pelo menos por um tempo. Afinal, tudo merece uma segunda chance e isso não ia ser diferente.

O problema é que não fica apenas na segunda chance, vem a terceira, a quarta, a quinta e com elas um mar de decepções daquelas em que os meses são intermináveis e as noites verdadeiras torturas! O mais engraçado de tudo isso, é que não é uma coisa só minha. As pessoas podem conhecer bem o terreno que estão lidando, vamos falar de amor, por exemplo, não importa se é a longo ou a curto prazo, todas as pessoas se decepcionam pelo menos uma vez, mas não desistem, diferente de um monte de coisas, mesmo o amor deixando traumas, ele não leva a desistencia.
É mágico e nos envolve de um jeito que nos faz esquecer a tal da promessa de nunca mais se apaixonar por ninguém ou não mais acreditar em nenhuma pessoa que fale de amor.

Amor cega, deixa sem voz, sem poder ouvir ou agir de outra forma. Amor mata!
Mas é o melhor e o mais fatal de todos os venenos de que já ouvi falar. Por esse motivo me tornei viciada por ele, pois é, amor vicía também, isso é fato, ficamos tão entorpecidos com seus efeitos, tão indefesos por se sentir tão bem de estar explicitamente contagiados.
Então, se faz bem, não vejo motivos para não haver uma segunda chance. Precisamos ir em frente, sem comparar uma situação com a outra, as coisas podem ser diferentes, acredito nisso, em segunda chance e sobre tudo, acredito que o amor salva vidas, muda pessoas e faz bem, só que nada é perfeito e com todas essas coisas boas a consequência só podia ser das mais dolorosas.
Acho que devemos sofrer as consequências, afinal vale a pena, assim como também vale a pena fazer planos, desde que não se esqueça que tudo na vida tem as suas consequências e quase nunca sabemos como ou quando vamos sofre-las.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Gosto de virar essas coisas velhas do meu potinho de recordações. Tem coisas que eu sempre gosto de ler... Impressionante como eu sempre busco pra ter perto de mim gente irritante... Na verdade, não é gente irritante, são mais aquelas pessoas que eu amo exatamente por me irritar. "Brigar e não conseguir viver sem!" Deixa isso pra lá, melhor voltar a falar das cartinhas. Olhando tudo aqui, sempre paro pra ler a mesma carta. Fala sobre um menino que jurava pra Deus e pro mundo que eu era o amor da vida dele. Mesmo ele tendo 10 ou 11 anos (já faz tempo), os olhos dele dizendo aquilo, pareciam a coisa mais sincera do mundo e vez ou outra, sinto saudade de só olhar pra ele, mesmo quando ele me irritava.


"Axo que você ta brava comigo, passei do limite zuando o seu olho que é grande... Mais eu falo assim porque tenho vergonha de dizer que é o olho mais bonito que existe e você pode não acreditar em mim agora mais eu sempre vou lembrar de você eu vou pensar em você todos os dias.
Não sou bom com as palavras, mais se alguém me falase que você era tão perfeita assim eu já estaria morando aqui pra ficar com você e ver você todo dia.
Sei que posso te perder só que eu vou dar um jeito de ficar pra sempre na sua vida e se você lembrar de mim todo dia de qualquer jeito eu vou ser feliz.
mais uma vez me perdoa. Gabriel.

E essa foi a primeira carta que eu ganhei de alguém, a primeira carta e a que eu mais gosto de ler!