domingo, 20 de junho de 2010

Ajuda.

A cama não é tão pequena assim, mas parece não satisfazer o corpo de tanto que me reviro todas as noites. Da mesma forma que o quarto não está gelado, mas eu puxo os cobetores até o nariz, como se o frio fosse absurdo e não adianta fechar as janelas, não paro de puxa-los enquanto aumento a música para abafar as vozes. Pois bem, não há voz, não há ninguém, não é a falta de espaço e não sinto frio. O problema é a impaciência, não consigo formar as frases dentro da minha cabeça, por mais que eu pense, que eu sinta e que eu saiba, o que quero dizer não sai. As lembranças surgem e toda as reações que o meu corpo tem, tanto por dentro como por fora, simplesmente não permitem que eu diga qualquer coisa, minha voz falha. São frações de segundos pra tudo isso acontecer, ansiedade, felicidade, agitação e um anseio infinito e vão de dizer o que não existe explicação. Essa incapacidade é tão frustrante, embora seja impossível não dar risada sabendo que ela existe.
Amor não descreve, talvez chegue aos pés. Ajuda, ajuda.

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