segunda-feira, 30 de setembro de 2013

João de barro

Eu deveria no fim das contas, me zangar com você. Não consigo. Acabo por sentir um aperto enorme no peito, além da vontade de contar que isso daí que você se meteu, é fria, é prisão. Você virou joão de barro e agora está ai, feito passarinho que quando encontra par, não voa, não olha mais pro lado. Logo você.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Não jogo mais pinga pro santo, nem pinto mais um olho só do daruma, pra ele não achar que está sendo chantageado. Deixei os trevos de quatro folhas no mato e as patas dos coelhos com eles. E você, assim como eu tenho feito, procura arrancar do braço as fitinhas de nosso senhor do Bonfim. Camisa ou meia da sorte, só adianta com futebol...Com amor não. Vê se ignora a tentação dos cartazes de búzios e tarot e de uma vez por todas, larga as lendas urbanas, as tradições, TOC's, dogmas e loucuras, pra ir segurar a mão do que não é efêmero, do que de fato é amor.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Se eu encarasse a morte de uma vez, seria mais fácil, mas preciso vive-la, pouco a pouco e ainda como se não bastasse, morrer é tão exaustivo que nos dois dias de vida que tenho na semana, estou tão cansada de padecer, que já não encontro mais ânimo pra fazer as coisas pelas quais eu vivo. É um paradoxo bizarro. Passar a vida se matando pra poder viver.