quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Breve.

'Perco a pose, mas não deixo o que é bom de lado'... Quando a gente precisa ser forte pro nosso próprio bem, as onças parecem fracas perto do nosso objetivo. Não é egoísmo, é foco.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mal da humanidade autoritária.

Pois eu vivo falando dos meus desgostos, amores e medos. Penso se talvez as paredes ao redor do pequeno espelho não me aguentam mais. Não é solidão, nem medo. Certa vez, no quente da noite de janeiro, voltava do meu antigo trabalho e alguns motivos me obrigaram (de modo agradável) sentar ao lado de um magrelo tatuado que as vezes eu chamo de Bob, ao lado do artista de 60 quilos, sentou uma conhecida dele que gostava de astrologia. Ao desenvolver da conversa entre nós três, ela me pediu para que eu escrevesse meu nome em um papel e sem pensar muito, disse que tenho um ego enorme. Talvez seja isso. Falar de mim é o que eu sei fazer, é a exatidão. Ensaio devaneios profundos e desnecessários sem perceber, me irrito algumas vezes, por não conseguir parar com o meu costume de gostar tanto de falar de mim. É o mal da humanidade autoritária. Desorganizada, desobediente, mandona, falante, cheia de idéias. Nunca tive medo de me fazer aparecer, destacar. Quero crescer muito, quero ser vista, eu tenho cara, coragem e estou aqui.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tenho ficado mais descrente de que as coisas vão dar errado, se caso acontecer, não tem problema, deixo passar. Vinha enlouquecendo aos poucos, sem motivo, até que no começo da semana, me surpreendi com a cena mais terrível que meus olhos já fitaram e honestamente, depois daquilo, tudo o que vier é lucro. Tenho saúde e sou capaz de amar, pronto.

domingo, 10 de abril de 2011

sujeito as condições de tempo.

Tenho sentido vontade de arrumar as malas, ir embora. Pra onde não existe comunicação, notícias e essa pressa doentia que o ser humano tem de fazer justiça com as próprias mãos. A minha mente adoeceu e a minha fé, que nunca foi lá essas coisas, tem falhado. É doloroso dizer isso, assumo. Mas não tenho mais aquele anseio que me invadia por muitas manhãs, querendo fazer grandes mudanças. Gostaria que não me afetasse tanto as tragédias alheias e que a dor do próximo não contaminasse meu sangue, fazendo ele amargar meu corpo, pulsando até meu coração, a onde o problema geralmente insiste em se alojar. Quem olha de longe, parece que logo passa toda essa melancolia, mas deixo prevalecer as aparências. Não ouso ao menos citar as minhas frustrações com os jornais diários, comentários matinais e comportamentos inaceitáveis dessas almas desertas que me acompanham o tempo inteiro. Contudo, mantenho a calma, o grupo a qual pertenço está doente a décadas e por tantas vezes parece que a minha lucidez é o problema desse caos. Tenho um remédio que se consiste no bem que a gente consegue ver de perto, no bem que chamam de amor.

domingo, 27 de março de 2011

Auto-relato.

Quando a gente dorme no meio de uma conversa ou começa a dizer coisas que não é mais o seu consciente que controla e sim a parte dele que fica ligada quando você desliga, quer dizer que você enlouqueceu. É mais o menos como quando você passa o tempo inteiro com um aparelho eletrônico ligado, se não houver uma pausa, ele acaba não durando muito. Pois bem, meu corpo andava assim.
Durante esse meu tempo de falha, eu era uma pessoa curiosa, jurava estar conversando calada, soltava gritos de alegria no meio de uma história, quase enlouqueci. O motivo? Ahhhh, teimosia minha. Mal dormia, mal me alimentava. De vez em quando eu quero ter o mundo inteiro em dez minutos, em uma mão só, para que na outra eu possa tentar encaixar pelo menos a lua. Essa minha pressa as vezes me estraga, acho até que é defeito.
Nesse momento estou melhor, em teste. Ainda deve haver alguns mecanismos estragados e outros até nunca mais serão os mesmos, mas é o preço que se paga por desejar ser tudo tão depressa assim. Ê menina, vê se aprende.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As pessoas tem a péssima mania de usar de exemplo o sentimento dos outros e isso é quase tão chato quanto viver atrás do que não existe. Uma vida é pouco tempo e infelizmente não dá pra fazer tudo, muito menos ficar contando com a outra vida que nem se quer é certa e pra ser sincera, acho difícil existir, então se quer seguir algo, siga a sua vida, conte sobre você e o mais importante, não perca tempo comparando sentimentos, é besteira.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Fugitivos.

Tenho dificuldade pra dormir, sempre tive, desde que me lembro pelo menos. De uns tempos pra cá, ela tem se mostrado mais. Passo tanto tempo acordada que quase esqueço de dormir. Quando levamos uma vida normal, gostamos de dormir pra sonhar. Antes de dormir, remoçamos planos, algumas vezes preocupações -mas não faz bem, prefiro ficar nos planos- até conseguirmos dormir e enfim sonhar. Esses dias, rindo sozinha aqui no quarto, percebi que os meus sonhos transbordaram, saíram correndo da minha mente, me arrastaram até o caminho que eles bem quiseram fazer. Agora sou escrava dos sorrisos e felicidades por conseqüência da teimosia dos meus sonhos que decidiram virar verdade e deixar essa história de ficar guardado na cabeça da gente pra quem sonha pouco! Grata teimosia! Grata escravidão!
Como já devo ter comentado -muitas vezes, claro- minha alma é tão grande -maior do que a minha casa- que dá um jeito de fazer até os sonhos criarem vida. Aviso aos navegantes: Quem me encontrar por ai, sorrindo sem motivos, ou andando de mãos dadas com um magrelo com felicidade tão nítida quanto doença, ache normal, ele é a parte do meu sonho que saiu correndo da minha mente e passou a ser tão real que não me deixa mais dormir, de tanto amor que ensinou a ter. Ai de mim! Agora faço planos e acredito até que a parte ruim da vida é sinônimo de quase nada.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Pra constar ou contar.

Acabo servindo de moradia para o exagero. Repetições, aumentativos, extremos. É que pouco, nunca demonstrou ao certo ser pouco, mas o muito, ele chega fazendo estrago, se mostra, chama atenção, diz o que é e pra que veio. Além do mais, quando é pouco, prefiro ser nada. Porque pecado mortal é se economizar, sendo que anos passam depressa e são poucos os que tem paciência de viver muito, a maioria logo se entrega. Atenção: não confundir exagero com falta de necessidade.