domingo, 30 de janeiro de 2011

Fugitivos.

Tenho dificuldade pra dormir, sempre tive, desde que me lembro pelo menos. De uns tempos pra cá, ela tem se mostrado mais. Passo tanto tempo acordada que quase esqueço de dormir. Quando levamos uma vida normal, gostamos de dormir pra sonhar. Antes de dormir, remoçamos planos, algumas vezes preocupações -mas não faz bem, prefiro ficar nos planos- até conseguirmos dormir e enfim sonhar. Esses dias, rindo sozinha aqui no quarto, percebi que os meus sonhos transbordaram, saíram correndo da minha mente, me arrastaram até o caminho que eles bem quiseram fazer. Agora sou escrava dos sorrisos e felicidades por conseqüência da teimosia dos meus sonhos que decidiram virar verdade e deixar essa história de ficar guardado na cabeça da gente pra quem sonha pouco! Grata teimosia! Grata escravidão!
Como já devo ter comentado -muitas vezes, claro- minha alma é tão grande -maior do que a minha casa- que dá um jeito de fazer até os sonhos criarem vida. Aviso aos navegantes: Quem me encontrar por ai, sorrindo sem motivos, ou andando de mãos dadas com um magrelo com felicidade tão nítida quanto doença, ache normal, ele é a parte do meu sonho que saiu correndo da minha mente e passou a ser tão real que não me deixa mais dormir, de tanto amor que ensinou a ter. Ai de mim! Agora faço planos e acredito até que a parte ruim da vida é sinônimo de quase nada.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Pra constar ou contar.

Acabo servindo de moradia para o exagero. Repetições, aumentativos, extremos. É que pouco, nunca demonstrou ao certo ser pouco, mas o muito, ele chega fazendo estrago, se mostra, chama atenção, diz o que é e pra que veio. Além do mais, quando é pouco, prefiro ser nada. Porque pecado mortal é se economizar, sendo que anos passam depressa e são poucos os que tem paciência de viver muito, a maioria logo se entrega. Atenção: não confundir exagero com falta de necessidade.