domingo, 30 de dezembro de 2012

Dois mil e doce como o primeiro amor!

Pois bem querido, você foi assim, doce como o primeiro amor e agora estou aqui, tentando falar de você, tropeçando nas memórias, assistindo você ir embora...Com dó de deixar você ir. Antes de dormir, chegam de mansinho nos meus olhos fechados, lembranças do dia-a-dia e então, penso que quero que fique comigo, mas é a vida e o tempo passa.
Bem 2012, você custou o riso mais solto da minha vida e a maior saudade que já carreguei. A parte da nostalgia, me presenteou com o que daqui pra frente, há de me fazer feliz.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Dia de pé esquerdo.

Dentre todos os azarados, atrapalhados e pessoas que sempre batem o pé na quina, hoje, o acaso premiou exatamente você que acredita na sorte, pra ter um dia de pé esquerdo. O mesmo rapaz que vai dormir com a camisa do Corinthians antes do jogo e que vai beijar a bandeira durante trinta minutos, quase desistiu de acreditar na possibilidade do dia ficar bom, depois da chuva sem fim, da falta de filmes e da companhia que da chilique. Mas tudo bem, até porque, o mesmo acaso que te deu tudo isso, também criou você na intenção de ofuscar toda a beleza que há qualquer em lugar que você chega, de roubar as atenções, de silênciar todas as vozes quando começa a falar e pensando melhor... Todo esse azar, deve ter sido o único jeito de compensar tanta coisa boa em uma pessoa só.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

  Acabei desfrutando do mais viceral dos sentimentos. A garganta fechou, a boca amargou, a visão escureceu. Meu estomago virou nó, a voz tremeu. Minha mente era um carro veloz e tudo o que saia pela minha boca era uma porção de rangidos, tal como os da Brasilia escandalosa do vizinho que mora aqui perto.
  Descobri que existe um lado infernal no meu cérebro, que em um ato descontrolado de prazer, jogava na minha cara aquelas coisas horrorosas. Outras mãos nas suas, outro corpo usando do seu calor, o ruído do seu sorriso em um ouvido estranho, as páginas da sua vida escritas por uma caligrafia que não é minha. O meu amor era uma trágedia de teatro e meu corpo inteiro, era o palco desta encenação.
  Dentre as falas musicadas por uma porção de soluços, uma das tais frases, apesar de sair meio enrolada, se fez clara e começava mais o menos assim: "Já dizia o poeta que todo grande amor, só é bem grande se for triste." A onde já se viu, um amor que nunca sofreu? Seja lá pelo que for. Ainda sim, relutei um pouco, lembrei dos suspiros, da garganta que vira nó e da minha mente infernal. Mas imaginem só, se a carne já é tão fraca, o que será de um coração que vive carregado de amor? Acabei por mudar o roteiro e trasnformei minha trágedia em romance água com açúcar, daqueles que ficam triste no começo, mas no final da tudo certo e termina em beijo.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

 Uma mentira deslavada: 'Vou deixar pra lá!' Não tem essa de deixar pra lá, mas também não tem mais conversa. Que história é essa de que você respira um ar que também não é meu? Pois é, fiz as minhas malas lotadas de dedicação e entreguei pra você, joguei uma porrada de coisas pro alto e a minha vida nos seus braços, mas mesmo assim não te mereço.
 Te disse que daria o mundo com as sete maravilhas dentro, a última que também foi considerada maravilha e todas as outras que não foram contadas, mas eu não me ajoelho, logo não te mereço. Derramei no colchão, fiz descer pelo ralo do banho, da pia, da alma, uma porção de lágrimas dedicadas à você, mas como eu não frequento os teus lugares, não te mereço. Eu choro vendo filmes de amor, eu só quis (quero) me casar com você, eu mal enxergo os seus defeitos e perderia quantos dias e noites fossem necessários pra te fazer ficar bem, mas tu não é pra mim guri!
  Já fazem uns bons dias que eu mal durmo, concentração foi pro saco faz tempo e o riso já não é mais o mesmo. Mas essas coisas passam não é mesmo? Afinal, se eu não cresci com a mesma doutrina que você, não sou merecedora dos seus sentimentos, nem de tê-los ou de externa-los. Afinal, todo mundo escolhe em quem pensa quando encosta a cabeça no travesseiro, não é mesmo? (NÃO).
 Quer dizer então, que não posso me juntar aos teus nos almoços de família, nas festinhas de fim de ano e nem ao menos conhecê-los, pois não cresci com os meus olhares nos mesmos lugares? Enfim, tá difícil de engolir, de acordar e de deitar pra dormir, sem lembrar que não dá pra eu ser o amor da sua vida em qualquer lugar. 
Desculpa.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Amor é quando todas as necessidades básicas se tornam segundo plano. Se não der tempo de comer pra ir ver você, tudo bem, também, de nada vai adiantar tentar ir dormir mais cedo quando eu poderia passar mais uma hora ouvindo sua voz do outro lado da linha, até porque, provavelmente, não conseguiria dormir lembrando de tanta coisa. Perco o foco dos trabalhos e esqueço dos outros compromissos, pego suas coisas e demoro pra devolver, só pra ter a chance de ver você mais de uma vez por dia. Tudo isso, outras coisas e uma conclusão: Se submeter as condições da paixão é a maior prova da insanidade humana.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

   É tão raro eu falar alguma coisa olhando pra você, pode perceber. Antes fosse medo ou vergonha, porque no fim, é só encarar o problema que dá tudo certo. Minha complicação é paixão de perder a fala, o foco, o ar. Sinto que se eu for te explicar qualquer coisa olhando nos seus olhos, vou me prender nas lindas linhas que formam o desenho deles e vou acabar tropeçando nas palavras e não quero nem pensar qual seria a minha reação ao permitir que suas retinas fitassem esses meus desastres.

domingo, 18 de novembro de 2012

   Andei por trinta minutos ininterruptos pela praia que tanto amo sem tirar os olhos do chão. Procurei por toda aquela infinidade de grãos de areia a mais bonita das conchas para lhe presentear. Não observei o céu, nem brinquei de lembrar o nome das nuvens, ignorei aqueles morros que eu tanto gosto de admirar e mal me lembro do barulho do mar desta vez, se estava forte ou sereno... Eu não sei. Sei que as conchas de fundo rosa, os pedaços das estrelas do mar coloridas (ou até mesmo as inteiras) pareciam tão sem graça, tão comum. Nada de novo. A frustração ao fim da caminhada na praia, era enorme. Quando alguma coisa me parecia bonita, sempre hesitava em pegar e acabava por deixa-lá por lá, lógicamente eu iria encontrar algo melhor, mas não encontrei.
   Voltei pra casa um tanto calada, como te explicar que eu queria chegar e entregar pra você algo lindo, mas estava com as mãos vazias? Não sei. Ao fim da viagem, a única coisa que me fazia lembrar dos momentos, era que eu havia observado tudo com um desejo imenso de que estivesse comigo. A distância é uma espécie e medida de intensidade e a saudade é sintoma.
   Queria entregar-lhe algo que encantasse até a mim. Eis que volto pra casa com uma surpresa maior do que esperava. Foram quatro dias sem ver você e eu estou quase doente de saudade. Como assim?

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

   Você não é só sorrisos o dia inteiro e eu sei disso. Eu também, não sou a mais bonita e tenho um péssimo raciocínio lógico. Pode ser que eu te deixe irritado se resolver ligar as 3 da manhã pra externar toda a minha carência e você é muito mandão. Desfilo meus casacos de brechó, enquanto você, sempre está muito bem arrumado. Faço manha e quase choro se me negar um pôr do Sol, vivo te preocupando com a minha cabeça na lua e a sua responsabilidade é de admirar...Nós não temos nada a ver, pode até ser. Mas eu não vejo mais graça nos outros abraços depois que descansei em seus braços e você sabe que ninguém terá boa vontade maior do que a minha em te roubar um sorriso e te encher de carinhos e acho graça, como eu, mesmo sendo um desastre em quase qualquer coisa, sinto-me princesa com seus mimos e elogios desenfreados. Aposto que você, mesmo cansado dos seus dias turbulentos, perderia mais de mil madrugadas se eu precisasse de atenção e eu, nem ligo de acatar as ordens preocupadas que me dita com seus imperativos sérios e tom de rei. Se pedir, deixo de lado qualquer timidez, mau humor ou preguiça, só pra acompanhar seu ritmo que é uma loucura perto do meu. Vez ou outra, sei que vai andar comigo o dia inteiro e deixar eu me dar ao luxo de entrar em todas as livrarias da cidade.
  Pois é. Se amar ensina alguma coisa, o que eu consegui entender, é que essa conversa de alma gêmea é furada. Eu não encontraria em mil fãs de Bukowski ou ouvintes de Chico Buarque, a paz que eu encontro no meu violinista teimoso feito o Cazuza. Louco é quem acredita, que felicidade nós encontramos em frente a um espelho.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

  Enquanto a conversa parecia rotineira no telefone, me ladeava segurando toda a felicidade para que você não se assuste logo de cara. Você, no mais calmo dos tons de voz me explicava como cuidaríamos do nosso cachorro e eu, do outro lado da linha, só pensava em como eu iria pedi-lo em casamento de um jeito sútil, talvez cairia bem algo do tipo: 'Querido, podemos ter quantos cachorros quiser e morar no lugar que você escolher, seja no Iraque ou no Sol, mas pelo menos, da próxima vez que planejar roubar meu coração e todos os sim's que meus lábios podem responder, case-se comigo antes.' Ainda assim, tive medo de te afastar por causa do tom de desespero que há em minhas declarações. Não fiz meu pedido, não nesta ocasião.
   Poucas horas atrás, em um dos seus abraços, eu o apertava como se fosse incapaz de encontrar qualquer tipo de felicidade em outro lugar, como se eu jamais pudesse te soltar e assim, sem dizer nenhuma das minhas palavras, acredito que tenha lhe implorado para que não se preocupe, eu cuido de você, eu não o deixarei sozinho, nós andaremos juntos e vamos aprender a dar os nossos jeitos quando for necessário. Nesse mesmo abraço, acho que você entendeu que eu queria te dizer tanta coisa relacionada ao amor que sinto, mas que não cabe a mim. Eis que quando menor, eu pedi um amor de filme, para escrever uma história, por fim, hoje ganhei meu amor e perdi as palavras.

Teoria do tempo

Aproximadamente , mil e noventa e cinco dias , sendo que , cinquenta desses dias foram perfeitos , e os outros mil e quarenta e cinco dias , foram feitos de saudade , e o amor , que nunca faltou . Ter você ao meu lado hoje , significa muito pra mim , sabe aquele sonho que se realiza ? e você simplesmente não acredita que ele se realizou , porque parecia impossível , parecia que estávamos com a vida direcionada , um pra cada lado , mas não , a minha vida , e as nossas vidas tomaram a mesma direção , e lado a lado , caminhando para um só lugar , pelo mesmo caminho , vamos seguindo . Se ela voltar , volto também , se ela ficou também , se ela remou , quero remar ,se ela gostou gosto com ela . Minha princesa , minha LUPA!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Parece que deixei de respirar como antes. Era algo normal, aquele tipo de coisa que apenas fazemos por precisar, coisas que sempre fizemos. Acontece que isso mudou e sem entender, agora parece que meus músculos e tudo o que há dentro de mim faz questão de manter-se vivo! Alerta! Desde que você invadiu meus pulmões, eles não anseiam por mais nada, que não seja seu hálito doce, o cheiro das suas roupas, do seu cabelo e até do seu abraço e em todas as noites em penso como seria bom se a minha casa, meu guarda-roupa, minha cama e o meu abraço também estivessem sempre com o seu cheiro. Me engano todas as manhãs, dizendo que não demora para que as nossas vidas se misturem e tudo seja a mesma coisa, tudo será de nós dois, pois de fato, desde que você invadiu os meus pulmões, eu não faço mais nada além de tentar me manter acordada, só pra ter a sorte de escutar ao menos mais uma vez antes de cair no sono, que você me ama mais do que tudo e que aos poucos, de artérias e músculos ou feito com tinta e agulha, insiste em surgir um coração em mim, que não é mais responsabilidade minha.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Não contente em me encarar com esses olhos que tem a cor do paraíso, você abre um arco com os lábios, esboçando um sorriso, que antes mesmo de estar pronto, me fisga e me puxa pra bem perto de você. Eu, desarmada por todos os encantos, caio nos seus exibicionismos e aceito que você, além de ser o melhor, possuí tudo o que há de melhor em mim. Deixo que me arranque as mais lindas palavras, aliás, entrego-lhe de presente. Leva também os meus mimos, minha paciência, meus livros, meu sono, meu riso, minha atenção. Pega pra você minhas qualidades, minha cama e o que mais você quiser ter. Se pudesse, entregaria à você, até o que não tenho e entro em desespero, nunca é o suficiente, toda vez que esse seu sorriso em forma de arco se mostra bonito e tão fácil, que eu quase enlouqueço com as palavras que ainda ninguém inventou, talvez por não saber que existia beleza maior, do que todas as que já foram descritas.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ando convencida demais, não me culpo. Aliás, que culpa tenho eu, se aqueles sorrisos que brotam nos lábios sem se quer pedir licença chegaram pra impor suas doutrinas em mim? Acontece que o amor foi chegando assim de mansinho e dentre todos os tons das paletas de cores que estão espalhadas por aí, sua íris rara que envaidece os olhos de apenas 5% da população mundial, resolve corresponder logo esse par de olhos castanhos que com toda a carência do mundo, pede em silêncio ou no desespero das palavras engasgadas que não fite mais ninguém, nem com amor, nem sem. Imploro com beijos ou com sorrisos suas atenções e quando não te puxo pra perto, te empurro por charme ou só pra ver você voltando pra mim. E choro de medo, de vontade de rir e choro de amor! Quando não te sufoco com declarações absurdas e todos os adjetivos que eu conseguir pensar. Peço que não corrija meus exageros por ver você assim com tanto zelo, te faço o herói que me salva dos tormentos, o príncipe das histórias, o homem mais bonito que já vi. Faço de ti, tudo o que parecer incrível, que roubar sorrisos, que for doce, calmo, gentil, agradável, tudo o que conforte, tudo o que seja forte, que seja muito, que possa ser meu, que lembre você. Enlouqueço assim sem medo e te prometo o mundo, pois de nada vale eu te contar as mil maravilhas que é tê-lo por perto e não querer pra os meus olhos bonitos e voz grave, tudo o que há de te fazer maior.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O cotidiano de quem ama é a subtração do tempo. Seriam mesmo as contagens regressivas, o olhar impaciente no relógio e o anseio por noites curtas, para que o dia seguinte possa raiar depressa. Cotidiano de quem ama, é estar por perto, até a hora em que o outro precisar, pois talvez, essa seja a única maneira de enganar a cronologia da vida e contornar assim devagarinho as mudanças que ela faz. Particularmente, não tenho ambição de roubar a beleza de tudo o que lhe foi mostrado, não pretendo ser seu céu, seu chão e muito menos tudo o que lhe parecer mais incrível; Em contrapartida, posso ser o abraço que quiseres ter quando o momento for bonito ou até mesmo a companhia pra olhar o céu. Enfim, serei eu, aquilo que precisar, aquilo que lhe for cômodo e não hei de falar em 'pra sempre' porque o sempre, é sempre a mesma coisa e no passar dos seus dias, há de ter necessidades diferentes. Logo, desde modo, serei tudo o que há de te fazer feliz, pelo tempo que lhe convir.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Assim, na mesma pressa de um segundo, eu enlouqueço e te cobro todas as manhas que antes não tinha. Não é culpa minha. Carinho faz bem e também, mimo demais nunca é demais. Eu filmaria suas coisas bonitas pra assistir antes de dormir, pois tu formas um arranjo de belezas que até assusta. A onde já se viu, um par de mãos tão lindas na mesma pessoa que tem o sorriso de lado mais espontâneo que me lembro? Além disso, meu corpo dispara ouvindo suas palavras cheias de saudade. Por fim, falo do amor que tanto me diz, perco o sono inquieta querendo ver você só de fechar meus olhos fazendo esforço pra esboçar sua voz dançando nos meus ouvidos atentos. Eu tento não usar de exageros, mas não dá, falando de você, os superlativos são fichinha. Ah menino, é tudo e tão e tanto. É tudo o que eu puder inventar e pegar dos outros pra te explicar. És tudo o que há de bonito.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Do cinza ao verde lima

  Logo você. Logo você, dono dos olhos que hora são ciano e n'outra hora verde lima, bem você, moço da calmaria e dos mil talentos, rapaz de voz gostosa e riso melhor ainda. Precisava ser o senhor a elogiar meus modestos olhos, que como você mesmo disse, tem cor de fundo de mar?
  Atreve-se assim, com tanta distinção e cara de pau roubar meus suspiros e fazer de mim moça dos olhos teus, usar de imperativos com tom de preocupação só pra me ver encantada. É de uma delicadeza sem fim e me trata como se eu fosse diamante. Nunca vi!
  Me ganha em cada 'bom dia' sútil, em cada pergunta de rotina. Rouba-me em teus braços remansados menino, para que eu possa ser feliz como sou agora. Faz-me dona dessa gentileza que de há tempos não existe mais, a não ser em você. Vem e me traz tudo o que é novo ou tudo o que é velho pra nós, mas que por algum motivo bobo, antes não pode ser e dentre o som das bachianas e dos sambas de grande amor, nossa vida há de amanhecer, despreocupada, assim como bossa nova e eu, hei de me sentir dama, assim como as musas de todos os grandes, grandes como você.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Eu exagero tudo. Tudo. Para as outras pessoas também, mas principalmente em mim.Transformo qualquer malabarista de rua em circo completo e isso é uma porcaria. Porque em circo não há só malabares e de uma hora pra outra as bailarinas, equilibristas e palhaços começam a fazer falta. Então eu fico remoendo qualidades, tampando o espaço do essencial com a mesma coisa de sempre, batendo na mesma tecla até ela quebrar.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Vou te olhando assim, meio tímida. Só pra ver o mundo sendo refletido por esses seus olhos pequenos, esses seus olhos que quase somem quando você sorri, esses seus olhos que podem me deixar aqui o dia inteiro, sem me cansar um instante de falar de você ou deles e até mesmo da música que estava tocando em um carro qualquer enquanto você me olhava. É tão vergonhoso amar assim.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Declaração

Queria que tivesse tempo pra escutar sobre as minhas eventualidades ou sobre qualquer outra mentira que eu invente pra prender a sua atenção e te fazer soltar longas risadas, que de leve vão ecoando através dos seus dentes bonitos.
Sei que vai ser muito bom, até porque, quase todas as noites, eu fico imaginando as suas reações quando eu te contar que a minha sinestesia é imensa e que eu preciso encostar nas pessoas pra contar as coisas pra ela,  usando claro, essa bobagem pra chegar mais perto de você. Pensa só, que risada gostosa você vai dar quando souber que eu tenho infinitas maneiras de solucionar os problemas dos outros e com os meus, sou um poço de lágrimas e dramas.
Eu provavelmente vou querer te ensinar sobre o pouco de astrologia que eu sei, mesmo sabendo que você vai escutar sem prestar atenção em nada. Talvez me faça alguma pergunta, mas só talvez. Só sei que estou louca pra escutar as suas normalidades, seu trabalho de semana e aquela confusão em que você se meteu por gostar de fazer coisa errada.
Alguma hora você vai me dizer: 'Mas você também quer tudo!' Pois tempos em tempos, invento uma vontade nova.
Engraçado mesmo, seria se você olhasse meu rosto vermelho agora e percebesse que logo eu, que não me intimido com quase nada, sem nem coragem de te perguntar, se você gostaria de ir tomar um sorvete qualquer noite dessas.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Delírios de ego.

Eu desejo não ter no que prestar atenção, arrumo desculpas pra me desocupar, para que eu possa lembrar das mesmas poucas horas em que as minhas pessoalidades falaram mais alto do seu lado, pra ficar caçando detalhes do que não posso contar para ninguém. Algumas coisas são nossas demais, ninguém entenderia... Além do mais, tenho um pouco de vergonha de contar. Não pelos tabus, eles são o de menos, é mais por não sentir vontade de me expor de tal modo tão vulnerável à alguém. Essas nossas patologias enlouquecedoras, o mais profundo e maluco dentre todos os pensamentos que você tem, o que nem você consegue explicar e vez ou outra te faz até sentir nojo. É de impressionar, como nossos comportamentos isolados são tão complexos, tão incríveis. Assim, de leve e bem de vez em quando passamos por transformações de instintos um tanto 'animalescas' mal dizendo. Falando de amor ou até mesmo de ódio (que também tem sua beleza), passamos a ser completamente irracionais, mesmo quando nos castramos das atitudes extremas, ainda sim! Está ali, suas mãos que caem de temperatura, sua pupila que tem o mesmo tamanho de uma amora, seu coração pulsando freneticamente e aquela dor, que ora é raiva, ora é ansiedade, que maravilha de loucura! Então você se estraga, teima, fica olhando as mesmas coisas e conta as horas. Quem começou com essa história de marcar o tempo, - acredito eu - foi o maior percursor da loucura em que vivemos hoje e se falo de amor ou de ódio, é pra maquiar a minha covardia de nunca contar os meus desejos, não por mim, nem pelos outros. Simplesmente por saber, que um segredo, uma vez proferido, pode chegar a qualquer lugar e o que pensaria você de mim, se esse tipo de coisa, chegasse até seus ouvidos atentos?

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Paloma Maluca!

Paloma é uma menina maluca. Perde o sono fácil, tem pesadelo e nem liga, faz manha pra levantar quando tem alguém por perto, chora muito por pouco, faz um drama que só. Sorri para desconhecidos porque acha graça, tem medo de cavalo, não gosta de pudim, pois certa vez de tanto amar comeu demais e não gostou do gosto do exagero... Eu disse exagero? Creio que sim, porque disso ela sabe bem. É muito amor, quando ama, muita rejeição quando não quer. Bate o pé e faz escândalo, mas logo passa. De tão intensa virou breve, de tão grande que é a alma, o corpo não cresceu muito. Tem um apego e é tão teimosa que vira até mimo, sente falta de tudo o que lhe parece bom, inclusive das coisas que não conheceu, chora de lembrar do avó que nunca viu. Paloma é efusiva demais, grudenta demais, tem loucura por sorvete, por altura, por roupa curta, mas acha o frio mais confortável, detesta dormir de meia e coloca uma quase todas as noites, jurando que vai usa-lá até acordar, nunca dá certo. É desorganizada, mas sempre se propõe a organizar, é desesperada sem motivo, é gritona vez ou outra. Cheia de nostalgia, de 'qualquer dia' e 'de vez em quando'. Pede atenção quase toda hora, gosta de ouvir história, dos pais e da irmã. Tem primo favorito, grandes amigos e mais um monte de contradições. Paloma é uma menina maluca.

terça-feira, 24 de julho de 2012

De-ego.

Era uma daquelas noites quentes dos sábados de começo de ano, as noites em que o mundo inteiro, quer estar em qualquer lugar que não seja uma casa. Ruas agitadas, carros passando sem parar nas grandes avenidas de São Paulo, bares lotados, aliás, é em um desses bares que minha história começa.
O de sempre, clichê que ninguém assume, coisa de todo mundo acreditar que todas as vezes em que sair de casa, algo incrível pode acontecer na sua vida... E pode mesmo, mas geralmente não acontece...Exceto desta vez.
Ela provavelmente tinha o sorriso mais encantador de todos. Haviam sorrisos bem maiores e até mais bonitos confesso, mas não é a fisionomia que conta nesse momento, é a maneira com que ele aparece, graciosamente deixando qualquer canalha sem frase de efeito ou poeta sem rima perfeita. Enfim, roubava as atenções sem precisar fazer nada, era bela a menina! De todos os rapazes do local, até então, apesar da beleza de um e da conversa de outro, não havia visto nada de tão impressionante, nenhuma daquelas histórias em que você fecha e abre o olho várias vezes pra ter certeza de que se está acordado. Nossa moça bonita olha para relógio mais como um hábito do que preocupação com as horas, deixa o celular de lado, volta a olhar para um todo, até que o tudo roubou-lhe os olhos e fez o coração se descontrolar sabe-se lá porque. Eram os rapazes bem vestidos, competindo pelo que poderia parecer para qualquer um loucura. A moça dos olhos castanhos e gracioso sorriso encontrava-se enlouquecida pelo garçom que nada mais fez do que olhar de longe e sorrir. Enganam-se agora julgando esse sorriso como um daqueles sorrisos simples de quem flerta. Não era essa a questão, encantava a nossa moça bonita, a ideia de imaginar quantos desse sorriso por noite ele costuma dar e quantos já realmente serviram para alguma coisa e se o dela poderia ser o primeiro a importar, quem sabe até o último. Encantadoras são as dúvidas de quem quer amar, as questões que jamais poderão ser respondidas. De fato, não foi um sorriso de quem simplesmente flerta e sim um riso de quem não sabe se deve flertar.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

"Pois eu faria qualquer coisa..." Não, você não faria, nem eu faria. Ninguém faz.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sinto raiva das coisas mais banais. É mais do que um egoísmo e não importa o quanto eu olhe pra isso, não sinto a menor necessidade de mudar. Mudança. O estopim do a minha frustração. Exponho meu descontentamento com as tragédias que todo mundo assiste na hora do almoço engolindo a comida. Choro com todo o meu coração, choro um choro que vem de dentro, que sai daqueles medos que todo mundo esconde pra não perceber, sinto tão sincero, que doí e o mundo simplesmente continua engolindo a comida na hora do almoço. Meu sentir é tão sem fim, que saio metralhando o alheio com meus anseios, quero que o mundo sinta, quero que você perca a fome, quero que você grite. Pois eu sinto, eu não como e eu grito, mas eu sei que o meu sofrimento, garante meu humanismo, meu amor que pode ser de verdade, a minha compaixão que pode ir longe. Eu sinto porque se eu não sentir, não vejo motivo pra continuar interagindo com qualquer outra pessoa do mundo, além do fato de precisar delas se eu quiser minha comida fresca ou a  meu banho quente no final do mês. As coisas não fazem mais sentido a partir do momento em que seu conformismo com o que antes era absurdo, passa a ser corriqueiro.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Tratou logo de pegar seus lápis de cor, assim começaria a parte mais bonita do dia.
Moça pequena, meio quieta, sem sal nem açúcar. Achava o mundo feio, detestava a fumaça e o asfalto.
Gostava de flores, com seus lápis, começou a florir o mundo. Colocou flores na fumaça das torres gêmeas e as transformou em jardim. Floriu também as armas dos guerrilheiros, o muro de Berlim e o céu de Hiroshima.
Achava engraçado como aquele marasmo transformava-se rapidamente em tuas mãos trêmulas, tudo o que era bonito de ver. Alegria que dura pouco! Pois ao guardar os lápis ainda com um sorriso no rosto, lembrava todas as vezes, que jamais poderia florir as pessoas.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Era ela! Menina dos dentes grandes e cabelos pequenos, japonesa. Eu não a conhecia, nunca havia nem se quer dito um oi...E até hoje não disse. Deixe-me descomplicar.
Olhava suas fotos, seus comentários, conversas. Idealizei a moça. Inventei uma voz bonita pra ela, imaginei seus gestos, nascia em mim um apreço. Eu a admirava. Sabia que sofria com a situação do final do ano, eu não quis investiga-la, não fiz isso, as informações vieram a mim, até dezembro talvez, mal sabia eu, que a moça existia, tanto faz. Eis que em janeiro, na minha mente, eu já podia ouvir até como sua voz dizia palavras que eram minhas. Ahh, antes que eu me esqueça, volto para o "Era ela!" do início da minha história.
Sentei bem perto, mas não disse nada. Talvez ela nem soubesse quem eu era e se soubesse poderia não gostar, só fiz o de costume, a observei. Descrevendo a cena, era quase assim: Falava sobre a saudade com os amigos que não encontrava há tempos, enquanto meus olhos iam e voltavam passando pela moça.
Uma cara fechada e eu sei lá porque. Andava de um lado pro outro, olhava pra tudo, quanta impaciência! Mas tudo bem, poderia ser só um dia ruim, de qualquer modo, continuei observando-a.  Caretas, caras feias, nenhum sorriso bonito de foto. Quando parou de ameaçar ir embora com aquele ar de insatisfação, agachou-se esperou no mesmo ar de chatice.
Um chute na minha boca. Da próxima vez em que eu idealizar alguém, vou fazer de tudo, para não encontrar nem virando a esquina.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Canalha.

Sábios os que escutam aqueles chamados de lunáticos. Pois já dizia o esquisitão do Zeca Baleiro que 'solidão não cura com aspirina.' A solidão é culpa do amor. Quem o conhece uma vez, até o resto da vida, há de se sentir só. Vez ou outra, por mimo, por birra, quase nunca, por algum motivo serio, que seja! Não importa muito o motivo quando se sente, confirmado mesmo é que o amor é uma doença e solidão é um daqueles primeiros sintomas. 
O pior disso tudo, é que de tão canalha que os sentimentos conseguem ser, de algum modo, te fazem elaborar as mais sofisticadas e esfarrapadas desculpas pra solidão. Se for uma manhã de Sol, nos sentimos sozinhos pela pura vontade de compartilhar o momento. Na noite gelada é por ela ser vazia demais pra estar sozinho. Seja no tempo bom o ruim, a solidão sempre nos vem como insatisfação pessoal, doença eterna, hereditária, mal do século, da sociedade, ópio do mundo. Desculpa pra preguiça, impaciência e covardia, sempre jogam tudo pra solidão ou melhor, pra cima da falta de amor.
Solidão não cura com aspirina, não mesmo. Mas ao menos a aspirina está ai, pra curar a dor de cabeça e os estragos do amor e dos teus sintomas.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Foram exatamente naqueles três minutos, aqueles em que eu fiquei na cama antes de levantar mais cedo que o Sol, que me trouxeram a cabeça uma pergunta que entristece: Pra que tanta guerra? E quando digo guerra, é no sentido literal mesmo. Nunca entendi qual foi a intenção da pessoa que inventou matar mais pessoas que tinham um outro objetivo a troco de divisão territorial, predominância religiosa ou algo assim. O que seria tão honroso a ponto de colocar em risco o prazer de ter alguém ao lado, ter filhos ou simplesmente de acordar tarde no domingo? Morrer por um objetivo e não desfrutar dele, não tem lógica.
Não me envergonho das patologias humanas e nem mesmo das babaquices ainda sim, apenas me chateio um pouco, ao perceber que faz parte da evolução, ir perdendo pouco a pouco a capacidade de amar.

sábado, 10 de março de 2012

Aquele sotaque que já de longe, mostra que veio ao mundo pra ser efusivo, pra ser cheio de amor! A comida com muito tempero, o sambinha de leve, "jeitinho" de sempre que a gente gosta de dar. Falta de vergonha, é aqui mesmo! Festa? Sempre que tem, estamos lá. O clima é quente e as praias não nos deixam na mão. As lindas cidades grandes, que embora bordada de cinza, tem um 'bom dia' diferente das outras. Ah, quanta vida! Quanta coisa! E se canto com os olhos marejados sobre o povo heróico, brado e retumbante é por saber o que realmente somos e como somos!
Agradeça a sua pátria, pelo mesmo motivo que agradece os teus pais.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Vejo.

Particularmente, vejo nos olhos em locais públicos, uma graça sem igual. Eles se movem o tempo inteiro. Imagino ser um tipo de desespero da população. Quando há rotina, o caminho para os compromissos nada mais é do que o obrigatório, por isso a movimentação dos olhares. O comum apavora, quase ninguém sabe, mas não existe largado por ai, um só ser humano que goste de saber o que vai acontecer. Toda a agitação de olhares é a procura de algo (qualquer coisa) pra prender a sua atenção. Não existe graça na certeza, na rotina, na clareza. Agora, o caminho para os compromissos, torna-se maior do que uma obrigação e quem sabe, lá no fundo, ele bem que poderia se transformar no momento em que a sua vida muda.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Entendi a questão de falar tanto da falta de sono. Você descobre que não está bem, quando encosta o corpo na calmaria do colchão e ele parece ser uma cama elástica de tanta bagunça que seu corpo faz nele. O sono é o maior de todos os sinais de estado de espírito. Se está bem, dorme bem. Ninguém perde o sono por causa de sorrisos, talvez pela saudade deles, mas por um sorriso em si não. Pelo contrário, dorme mais rápido pra tentar encontrar um desses em sonhos. Falta de sono é cabeça cheia, é preocupação, é não saber o que quer, ou querer demais.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Devaneio N°1

No fim, é como se tudo fosse um pano limpo por cima da bagunça que existe dentro dela. A música que ela acompanha com leves sussurros de uma parte ou de outra passa por despercebido em teus lábios. Ela têm lido toneladas de livros, um atrás do outro, pra simular ocupação. Dorme tarde e acorda cedo, como se no decorrer do dia fosse fazer algo de muito importante. E no fundo faz; mas guarda pra sí. Não entende como foi deixar tudo tão inquieto lá dentro. São vozes graves, resto de pesadelo, madrugada bonita, espera por ligação, olhos escuros e claros, cabelos e gestos, uma mistura de tudo e todos, mistura do que não deveria nem estar perto, do que deveria ser pessoal e virou público. Loucura!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O fazer virar flor.

Leviano é quem diz que nem tudo são flores. Até mesmo a mais linda das rosas murcha, ou o mais encantador dos cravos não deixa de nascer amarrotado e assim permanece até o fim, nem toda tulipa fica nem um lindo e perfumado jardim, nem todo jardim é limpo. Há defeito em tudo e talvez a falta do encanto nesses últimos tempos tem deixado o feio e incômodo mais aparente. Pensando melhor, percebo que não é a falta de encanto e sim mais um dos grandes problemas do errante, a falta de atenção, de percepção. O desajeitado tem sua graça, o estranho é excêntrico, o exagerado peca no excesso, mas ao menos tenta. Só o que perde o charme nesse mundo é o vazio. Antes ter milhões de erros aparentes do que não ter nada. Se olharmos com calma, o cru, tem sua beleza, desde que exista. Se olharmos com calma e atenção, tudo vira flor.