sábado, 23 de outubro de 2010

Resumo sobre saudade.

Essa angústia antecipada é o menor dos problemas no que passa a ser saudade. Seus sintômas sim, são o grande problema. Todas as palavras começam a ter o som da sua voz chamando o meu nome, a vontade de não sair da cama pra passar o dia inteiro sentindo o cheiro das suas roupas guardadas no meu armário é tão grande que faz até aumentar o sono para que sirva de pretexto. Minhas mãos parecem mais leves, porque falta o peso das suas sobre elas e meu corpo está folgado sem o seu abraço para ajustá-lo. Sua ausência é tão notável como estar doente. É o tipo de coisa que não se esquece. Suadade deve ser doença, pois além disso, quase não durmo também e não sei se é porque lembrando de nós consigo acalmar um pouco mais meu corpo que passou a estar mais inquieto do que nunca ou porque tenho medo de ao parar de olhar para as horas elas parem de caminhar também. Mesmo com tudo isso, aguento firme, quase enlouquecendo, mas aguento firme, no fim, acabei roubando um retrato de um dos seus sorrisos que eu tanto gosto e o deixei pendurado dentro de minhas pálpebras, sempre que fecho os olhos o encontro lá, tenho também o seu cheiro em mim e um calendário pra riscar os dias. Só não demora muito, porque algumas partes de ti, ainda não são você por completo.

domingo, 10 de outubro de 2010

nove.

Porta, pia de cozinha, sofá laranja, sofá azul, tapete, camiseta de banda, camiseta azul, provável motivo de odio mundial não comentado seguido de pausa pra dois. Retrato pra iaiá, como dito anteriormente (não por mim) prévia sobre fechar os olhos, cookies, punição (há), água evaporando (não era pra evaporar tanto) pausa pra dois. Macarrão, alface, suco, mais cookies, pausa pra dois. Choro, duzentos abraços. Poucas linhas, não vou ficar dando voltas pra esconder que isso tudo é felicidade, sem palavras difíceis também, não precisa. Ah, isso não é uma descrição, são só lembretes.