segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pra que resto do mundo?

Com o ouvido encostado em seu peito e olhos fechados, pude sentir seu coração batendo um pouco mais acelerado do que e o normal. Eu dizia algumas coisas, nada que houvesse muita importancia, na verdade faço isso de vez em quando para não deixar transparecer o quanto desejo congelar alguns momentos dos quais os meus motivos para considera-los únicos, são inteiramente meus. Realmente, isso é constante. Mas sentir-me como hoje no momento em que ouvi um outro coração bater, não é tão constante assim, deve ter sido por perceber que o meu coração não é o único que acelera todos os dias só de olhar pra alguém. Nada que eu não soubesse que realmente acontece, só que entre o saber e o sentir existe uma lacuna enorme, que acaba sendo suprida com esses detalhes que eu faço questão de eternizar. O que é o resto do mundo, comparado as minhas manhãs?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A mais cinco letras II

É pessoal. Creio ter desistido de encontrar algum tipo de definição. Nada que esteja pixado em alguma parede, ou exposto em sites de relacionamento, por mais que tudo isso seja abstrato, todos os dizeres não passam de tentativas frustradas para encontrar semelhança ou paz em externar o que não aguenta mais ficar guardado. Descobri que nem o teu sentir encaixa-se no meu, é bem complexo por vir de dentro de cada um de nós e de todas as formas que cada segundo passa a ser interpretado em nossas cabeças cheias de ambiguidade. Mas nota-se de longe que tu enxergas as minhas atitudes de maneiras tão receptivas, quanto eu tento mostrar-lhe a minha gratidão a cada gesto que tu externa mostrando-se nitidamente satisfeito. É exatamente essa toda nitidez que me faz ter certeza de que nascemos pra dar certo. Entre tantas outras percepções de interesse, insegurança ou atitudes plenamente vazias, tu consegues perceber em mim toda a sensibilidade que procuro demonstrar, tu consegues ver limpo, ver atráves das roupas, maquiagens, pele e barreiras que o ser humano tende a impor se quiseres de verdade ver o que há por dentro. Definindo agora toda essa sensibilidade anteriormente citada. Refiro-me a uma necessidade grande de te-lo, como já lhe disse certa vez: 'por desejar não estar com mais ninguém' sem que para isso haja algum tipo de repressão, até porque, quero ve-lo sorrindo. É certo de que sempre costumo agir de forma bastante insegura, mas se repito várias vezes a mesma coisa é porque não quero que esqueças o bem que me proporciona, é coisa sua, é de você e nenhuma outra pessoa no mundo possui todos os seus pequenos gestos e manias de forma tão harmoniosa para que consiga fazer de mim proprietaria absoluta de lembranças que servem como antidoto para absolutamente qualquer mal. Nota-se que meu rosto inteiro sorri com toda a confiança do mundo, mesmo quando não o tenho por perto, afinal, são essas pequenas aflições ou saudades se preferir que nos fazem sustentar a cada dia que passa toda essa certeza de que realmente nos encontramos pra dar certo. Nada prova ao contrário, longe dissso! Todos os dias vejo entre esses pequenos intervalos mais uma evidência de que não estamos errados. Voltando a insegurança para concluir o raciocínio, na verdade tudo não passa daquele medo bobo de dizer "eu te amo", por saber muito bem que hoje dizer isso já não significa muita coisa, por isso algumas vezes permanecemos em silêncio, existem momentos em que até a mais sincera de todas as frases do mundo faz perder um momento que poderia ser eternizado por toda a eloquencia que acompanha a falta de palavras. De qualquer forma, eu sei que o nosso "eu te amo" tem um valor sem igual.
Ps: O fato do meu rosto inteiro sorrir é um impulso que o meu coração envia para todas as partes do meu corpo, para que ele de alguma forma tente traduzir que eu estou completamente feliz por ve-lo tranquilo ao lado meu.

sábado, 22 de maio de 2010

Pontuação.

'É muito forte'
Tome o dia de hoje como ponto central. Se a frase acima fosse dita três meses atrás ela ganharia um 'O' e uma interrogação, tornando-se: "O que é muito forte?" Um mês após esses três meses, ou seja, dois meses atrás, já sei ao que me refiro, acontece que o tempo é pouco fazendo com que pareça impossível ter alguma certeza, resolvi então fazer mais uma modificação na frase, deixando-a de tal maneira: "Será que é mesmo muito forte?" A interrogação permanecia, mas por pouco tempo. Antes de completar um mês desde a minha última interrogação pude afirmar: 'É realmente bem forte.' Portanto, agora voltaremos ao ponto central, hoje digo com toda a clareza. "É cada dia mais forte." podendo ainda acrescentar que é o motivo pelo qual sinto-me realmente feliz, por ser tão forte o meu gostar de você. E você sabe que esse gostar também vem entre aspas, pois gostar é quase nada perto do que eu sinto e esse texto vem como aleatório comparado a tudo o que eu já te disse.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

How are you now?

Não inventaram, não houve ninguém que teve condições de abrir a boca e fazer sair alguma palavra que bastasse. Não é um sentimento constante, ele cresce como se fosse uma bola de neve, juntando todos os detalhes, fazendo com que tudo pareça a melhor coisa do mundo e inutilizando qualquer uma de suas atitudes. Então você sente suas cordas vocais tremendo, como se hesitasse em dizer algo, não existe nada que a impeça de falar, a não ser que você leve em consideração de que nada que possa ser dito, nem a mais fiel de todas as descrições fará o seu ouvinte perder todos os pensamentos anteriores e desejar como nunca imaginou desejar nada no mundo ter o controle daquilo que parece tão raro sentir, é o tipo de coisa que precisa ser proporcionada e não é por meio de palavras, nada que possamos escolher, pra variar.

sábado, 8 de maio de 2010

(Rebeca) Menos um.

Conseguia-se ouvir do apartamento, uma risada descontrolada, mas já era tarde e ninguém prestaria atenção nisso, considerando ser sexta-feira a noite e as pessoas costumam beber nesse horário, ainda mais quando a risada vem do apartamento que foi alugado por uma jovem atriz que mora sozinha. Ela sabia muito bem de todos esses fatos, tanto que o horário foi friamente planejado, apenas um dos detalhes que faziam parte do plano que não deu certo.
Na manhã anterior, abriu os olhos e um tempo depois a geladeira, quando o seu telefone toca. Podia ser uma ligação agradável a uns tempos atrás, agora já não fazia muita diferença, mas sem problemas, nada que houvesse muita importância e assim, seu dia continuava normal até que no final do dia o mesmo número de quando abriu a geladeira, teima em aparecer mais uma vez no visor, trazendo um sufoco enorme e várias perguntas das quais ela sabia muito bem que não devia resposta alguma para ninguém, mesmo assim, disse as 22:00h no SeisClub.
Foi pra casa correndo, lavou o rosto na tentativa frustrante de deixar escorrer a raiva junto com a água, pegou um vestido no guarda-roupa e um sorriso no espelho, desceu as escadas correndo na esperança de não chegar tão atrasada. No caminho ela pensava e sorria sozinha, repetiu mais algumas vezes que não sabia lidar com esse tipo de coisa e que não seria culpa dela se alguém caisse da escada naquela madrugada. Ela sabia muito bem que nenhuma pessoa no mundo desconfiaria de um olhar que não muda e de um sorriso que não aparece mais(não em publico), só que o caminho já estava acabando e não era mais hora de pensar nisso, nem hora, nem chance, seus pensamentos foram embora surpreendidos por um abraço inesperado de quem a esperava a vinte e cinco minutos mais o menos.
Não falou muito até propor um lugar mais tranquilo, afinal, não há como levar a serio uma conversa que tem como cenário o lugar mais movimentado de uma das cidades mais incríveis do mundo, como ela costumava descrever, seguiram então para o apartamento. Na volta o que predomiva não era o mesmo pensamento da ida, mas sim como ele fora embora tão depressa.
Afinal, ela gostava mesmo de todo esse efusismo, nada que ela não se acostume com o tempo. Sobre o riso descontrolado que foi citado no começo, foi só a tentativa de uma fuga logo após ouvir falar de amor, nada que tenha dado certo, o que ela sentia era recíproco e até o fim da noite ela não escapou de retribuir.