segunda-feira, 28 de junho de 2010

As quatro palavras.

Encosto a cabeça no travesseiro, é quando começo a compartilhar meus segredos com ele, na esperança de não obter resposta, fico frustrada. Por mim, eles permaneceriam só com o travesseiro mesmo, acontece que todas as noites é como se houvesse uma voz dentro dele que me diz o tempo inteiro que todas aquelas coisas não podem ficar por isso mesmo. Bom tempo depois, finalmente sou vencida por vozes que insistem susurrar em meus ouvidos, uma pressa toma conta de mim, nessas horas já perdi o sono e percebo-me possuida por um anseio que só faz aumentar, o telefone não adianta porque as palavras são limitadas e isso é SUFOCANTE, as cartas não são mais do que um oitavo de repetições necessárias, mas não para aquele momento. Precisaria te-lo ao lado, para observa-lo rindo, para ter os abraços, os sorrisos e aqueles outros gestos que eu não consigo explicar. Confesso que essas reações são tão DESESPERADORAS que dão a impressão de que os segundos passam carregando pedras gigantes. Mesmo as noites demorando pra passar, uma caracteristica delas é eu estar sorrindo o tempo inteiro, de lembrar como é SUBLIME um beijo te deixar sem conseguir respirar e um sorriso traduzir o que lingua nenhuma diz. Enquanto escuto esses susurros noturnos e espero pegar no sono, fico achando um pouco injusto toda essa EUFORIA ser tão inexplicavel. Acontece que no fundo eu sei que desejo não ter essa explicação por todos os dias da minha vida, sendo essa a minha forma de medir o quanto vale a pena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário