quinta-feira, 22 de abril de 2010

Falta base.

É um perigo ficar sozinha em casa por mais de dez horas, um deles é o que mora dentro de você, ou o que você abriga dentro da sua mente, é um perigo o livro que você escolhe ler, a hora que você decide ligar a televisão, parece que tudo vira um pesadelo, que tudo irrita, quando não se tem o que fazer, a lógica é reparar no que é conhecido, ou seja... Todo detalhe vira irritação, você surta, enlouquece e começa a ter as neuras mais bizarras do mundo.
Últimamente tenho sofrido essas alterações frequentes de humor, apesar de me fazer chorar de rir sozinha (re)vendo minhas atitudes paranóicas, facínoras ou seja lá o que for, a maioria do tempo é bem desgastante, transformar uma alteração na voz da pessoa que está no outro lado da linha em 'final da sua vida' achar defeito em quem não existe, esperar loucamente por nada (liternalmente nada), chorar de saudade de alguma coisa que você nem tem noção do que significa, gritar com quem não merece e ter acessos de sindrome do Pânico dentro da própria casa, enfim um festival de fudência, pra não dizer que é fim de carreira mesmo. Esse é o básico da minha falta estrutural, agradeça por até aqui ser tudo tranquilo, complico o meu dia com os gritos dentro de casa por ver um vulto que na verdade é a minha sombra, talvez isso não seja tão ruim quanto as minhas tentativas de achar um talento para o tempo vago, que na verdade não é nada mais do que a hora de fazer os trabalhos escolares sendo adiada.
Tudo isso é culpa da falsa falta de atenção que eu coloquei aqui para combinar com o grande espaço de tempo vago que eu tenho na semana, juntando com um pouco de sono e a minha alienação de livre e espontânea vontade, forma-se uma neurose que só não aumenta por conta de três fatores básicos: a minha distância de livros de auto-ajuda, um magrelo que me faz sentir a pessoa mais incrível do mundo e um fiel video-game que faz do tempinho que as loucuras me deixam em paz a melhor parte da tarde.

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