domingo, 26 de julho de 2009

Rebeca.

Rebeca era atriz. Tão linda! A pele clarinha, o cabelo castanho escuro com alguns cachos, os olhos castanhos e tão grandes, encantavam a qualquer um e como encantavam! Não usava muita maquiagem, mas o batom vermelho de sempre realçava mais ainda toda a beleza que tinha, magrinha e alta, preferia roupas claras. Seu sorriso era capaz de encantar qualquer pessoa, uma voz agradável, voz de mulher, era calma, e nunca estava triste nem desanimada.
Não tinha como não se apaixonar por uma doce menina que sempre sorria.
Rebeca era nova na cidade, não conhecia muita coisa. Mas uma noite qualquer(até o momento) resolveu ir a um bar, só pra se destrair, noite difícil para todos da companhia de teatro. Mas não pra ela que continuava sorrindo. Pouco depois de chegar no bar, encontrou alguns amigos entre eles algumas pessoas que ela não conhecia, mas um em especial chamou a sua atenção era Renato, um rapaz de meia idade, muito charmoso e...casado. Isso não impediu alguma aproximação entre eles, conversaram, beberam, deram boas risadas. Na semana seguinte, o mesmo. Nas outras semanas a coisa foi ficando diferente, Renato estava incondicionalmente apaixonado por Rebeca, ela parecia gostar dele também e muito.
Alguns meses se passaram, ele resolveu largar a mulher pra ficar com a Rebeca, isso a incomodava mas ela não dizia nada, sempre sorria apenas sorria. Rebeca nunca mudava, era sempre discreta e encantadora.
Rebeca gostava de sair, gostava de se destrair, uma noite, ela saiu, não levou celular, não voltou na mesma noite. Na manhã seguinte, Renato estava fora de si, pediu satisfação, gritou, chorou, chingou. Rebeca não disse nada. Simplesmente saiu.
Com o passar dos meses Rebeca se desencantava. Disse que não dava mais, foi bem sincera como de costume. De novo ele chorou, gritou, chingou. Rebeca sorriu e pediu calma. Foi até a cozinha, pegou um copo, colocou um pouco de vodka e deu a ele, ele estava melhor, era cedo ainda, ele, voltou a dormir e Rebeca ainda estava calada. Da janela ao lado, tudo o que se ouviu, foi um tiro.
Rebeca se vestiu, passou batom e saiu. Sorrindo. Rebeca era livre e Renato a amava, amava demais para deixa-la ir, para se permitir.

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