sexta-feira, 9 de novembro de 2012

  Enquanto a conversa parecia rotineira no telefone, me ladeava segurando toda a felicidade para que você não se assuste logo de cara. Você, no mais calmo dos tons de voz me explicava como cuidaríamos do nosso cachorro e eu, do outro lado da linha, só pensava em como eu iria pedi-lo em casamento de um jeito sútil, talvez cairia bem algo do tipo: 'Querido, podemos ter quantos cachorros quiser e morar no lugar que você escolher, seja no Iraque ou no Sol, mas pelo menos, da próxima vez que planejar roubar meu coração e todos os sim's que meus lábios podem responder, case-se comigo antes.' Ainda assim, tive medo de te afastar por causa do tom de desespero que há em minhas declarações. Não fiz meu pedido, não nesta ocasião.
   Poucas horas atrás, em um dos seus abraços, eu o apertava como se fosse incapaz de encontrar qualquer tipo de felicidade em outro lugar, como se eu jamais pudesse te soltar e assim, sem dizer nenhuma das minhas palavras, acredito que tenha lhe implorado para que não se preocupe, eu cuido de você, eu não o deixarei sozinho, nós andaremos juntos e vamos aprender a dar os nossos jeitos quando for necessário. Nesse mesmo abraço, acho que você entendeu que eu queria te dizer tanta coisa relacionada ao amor que sinto, mas que não cabe a mim. Eis que quando menor, eu pedi um amor de filme, para escrever uma história, por fim, hoje ganhei meu amor e perdi as palavras.

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