segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Do cinza ao verde lima

  Logo você. Logo você, dono dos olhos que hora são ciano e n'outra hora verde lima, bem você, moço da calmaria e dos mil talentos, rapaz de voz gostosa e riso melhor ainda. Precisava ser o senhor a elogiar meus modestos olhos, que como você mesmo disse, tem cor de fundo de mar?
  Atreve-se assim, com tanta distinção e cara de pau roubar meus suspiros e fazer de mim moça dos olhos teus, usar de imperativos com tom de preocupação só pra me ver encantada. É de uma delicadeza sem fim e me trata como se eu fosse diamante. Nunca vi!
  Me ganha em cada 'bom dia' sútil, em cada pergunta de rotina. Rouba-me em teus braços remansados menino, para que eu possa ser feliz como sou agora. Faz-me dona dessa gentileza que de há tempos não existe mais, a não ser em você. Vem e me traz tudo o que é novo ou tudo o que é velho pra nós, mas que por algum motivo bobo, antes não pode ser e dentre o som das bachianas e dos sambas de grande amor, nossa vida há de amanhecer, despreocupada, assim como bossa nova e eu, hei de me sentir dama, assim como as musas de todos os grandes, grandes como você.

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