quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Delírios de ego.

Eu desejo não ter no que prestar atenção, arrumo desculpas pra me desocupar, para que eu possa lembrar das mesmas poucas horas em que as minhas pessoalidades falaram mais alto do seu lado, pra ficar caçando detalhes do que não posso contar para ninguém. Algumas coisas são nossas demais, ninguém entenderia... Além do mais, tenho um pouco de vergonha de contar. Não pelos tabus, eles são o de menos, é mais por não sentir vontade de me expor de tal modo tão vulnerável à alguém. Essas nossas patologias enlouquecedoras, o mais profundo e maluco dentre todos os pensamentos que você tem, o que nem você consegue explicar e vez ou outra te faz até sentir nojo. É de impressionar, como nossos comportamentos isolados são tão complexos, tão incríveis. Assim, de leve e bem de vez em quando passamos por transformações de instintos um tanto 'animalescas' mal dizendo. Falando de amor ou até mesmo de ódio (que também tem sua beleza), passamos a ser completamente irracionais, mesmo quando nos castramos das atitudes extremas, ainda sim! Está ali, suas mãos que caem de temperatura, sua pupila que tem o mesmo tamanho de uma amora, seu coração pulsando freneticamente e aquela dor, que ora é raiva, ora é ansiedade, que maravilha de loucura! Então você se estraga, teima, fica olhando as mesmas coisas e conta as horas. Quem começou com essa história de marcar o tempo, - acredito eu - foi o maior percursor da loucura em que vivemos hoje e se falo de amor ou de ódio, é pra maquiar a minha covardia de nunca contar os meus desejos, não por mim, nem pelos outros. Simplesmente por saber, que um segredo, uma vez proferido, pode chegar a qualquer lugar e o que pensaria você de mim, se esse tipo de coisa, chegasse até seus ouvidos atentos?

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